sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

O tempo faz refletir



        Há 9 anos começava a maior doutrinação do pensamento do brasileiro.  Era um alinhamento quase universal. Revistas, jornais, rádios,  internet, judiciário,  ministério público.  

        Foi tempo de uma desconstrução que dava para sentir saudade de Toninho Malvadeza, o Antônio Carlos Magalhães,  famoso por utilizar a desconstrução fascistoide de seu alvos. Tudo feito metodicamente, palavras bem colocadas, ações realizadas com rigor científico para manter a população alimentada pelo grotesco, pelo fuzilamento moral, desencadeadas em períodos regulares. Tudo parecia tão verdadeiro, tão cheio de certezas, tudo tão cheio de virtude que acendeu a paixão do brasileiro, com maior ênfase pelos que tinham o poder de fazer justiça, o desejo de justiçamento. 

        E tudo era acompanhando com avidez todas as noites. Nem a mais foda das novelas teve tanta audiência e tanta expectativa. Muitos se sentavam no sofá para receber a sua dose de diária de informação desinformante. E muitos brasileiros ficaram ávidos, não queriam mais justiça, queriam sangue, vingança e ódio e isso foi crescendo e se tornando o Novo Normal. Odiar era chique, era verdadeiro, parecia expressão de um pensamento livre, mas não era. O pensamento já estava doutrinado. 

        Há quatro anos o vulcão começou a fumegar, o alinhamento se formava em um subconsciente da unidade de um pensamento que o pais precisava mudar, que o novo seria a redenção. Era tanta gente cheia de certeza que ficou que ouvir com bom senso era impossível. Mas para que bom senso? Para que? Se a certeza já existia. Quando estamos certos não precisamos pensar só agir. Impenetrável aos fatos que começavam a mostrar um horizonte difícil. 

        O vulcão explodiu e soltou para todos os lados a sua lava. Não sei se o desejo ou esperança continuou a mover a maioria. Moveu e remexeu em tudo. A certeza, capitaneada pela doutrinação do pensamento, manteve-se firme no domínio.

        Aí ocorreu um dilúvio com nome e sobrenome, a arca estava maior e sem Noé para conduzir até que água baixasse.

        Pois bem, é preciso pensar nessa coisa difícil chamada política, um angu que tem todos os matizes e em todos os agrupamentos humanos.

Política é parte
integrante
Das ações do dia a dia
É muito mais que
debate
As vezes é 
escorregadia
Não é de esquerda,
de direita,
Centro nem ideologia.
(Ademar Ferreira)
    

Abração,  Marconi Urquiza 

O poder revela ou transforma uma pessoa?

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