quinta-feira, 18 de abril de 2024

O "Desaforo" e a "Desforra" (Irã x Israel)

      


    Há 4 dias ouvia a entrevista do embaixador de Israel na Rádio CBN, logo no início, ao responder uma das perguntas ele disse que não saberia como Israel se portaria diante do ataque do Irã, que não tinha e nem teria acesso a estas decisões, depois pareceu pensar como responder e e por fim disse, mais ou menos assim:
    — Naquela região (Oriente Médio) não se pode ficar sem responder a qualquer agressão. É duro. 
    Em suma, tem que haver troco, só assim parece que há respeito.
     Horas depois refletia sobre este ponto da entrevista. Talvez seja um dilema como calibrar a resposta, onde responder, como responder, se vai ter vítimas em larga escala ou algum azarado que estará no caminho de algum drone e, ao mesmo tempo, não pode haver indecisão. Atacado em um dia, Israel atacou no dia seguinte o Hezbollah. Grupo ligado ao Irã.

    Um dano colateral menor é aceitável. 

    Estava a refletir no curso desta crônica quando viajei para um dos livros lido nos últimos meses.
    No fundo o autor faz uma alerta do perigo imenso a respeito da terra sumir. NUNCA, de Ken Follet, tem essa missão de levar os leitores a saberem que estamos literalmente pisando sobre bombas.
    O romance, cujo enredo, atravessa uma guerra local no combate a terroristas e que se espraia para uma guerra atômica.  No livro há todos os elementos dos dilemas, decisões, indecisões e uma escolha fatal por ter que responder a uma agressão, que começou pequena e que vai em um crescendo que aniquila todos na Terra.
    É o que se tem no quadro atual entre Irã e Israel, a suprema escolha impulsionada por uma cultura em que o "desaforo" se responde com a "desforra". A Lei de Talião, em resumo é o "olho por olho, dente por dente."
    Não muito diferente do Sertão Nordestino mais antigo, das brigas entre e ou internamente nas Facções, de alguns jogos de futebol, das disputas dentro das empresas e por aí vai.
    Com a realidade que se tem no Oriente Médio, uma guerra ampla é uma possibilidade tenebrosa, por que o tal de "parar por aqui" pode ser rompido por decisões políticas insanas ou por que é impossível uma decisão política apaziguadora.

     Bem, por hora é só. 

     Abração, Marconi Urquiza 

O poder revela ou transforma uma pessoa?

  imagem: Orlando/UOL.            Um papo na última segunda-feira entre aposentados do Banco do Brasil que tiveram poder concedido pela empr...