Domingo, não sei há quanto tempo acordo cedo, tipo cinco da manhã. Tomo o primeiro remédio do dia, fervo a água e faço uma xícara de café.
Um café quente que tomo muito devagar. Na maioria das vezes, enquanto água aquece eu vou na área de serviço escorar o peito na parede e ficar olhando a rua, as piscinas do Náutico e as pessoas, as poucas, andando para seus destinos.
Daqui a pouco, a chaleira apita, é hora do café. Comer só após meia-hora. Recomendação da bula do medicamento.
Também não sei quando começou. Aproveito o silêncio para ler, aproveito o silêncio para escrever. Parece que meu espírito se ligar nas ideias que voam soltas pelo universo e puxa uma para fazer um texto, só que muitas vezes elas estão tão agoniadas para trazerem as suas palavras que entram nos textos aos bobotões. É um atropelo. Pior que eu topo essa peleja.
O pior do Domingo é que as vezes é um dia de tédio. Muitas vezes sinto esse tédio como um vazio e que aumenta quando nenhuma ideia vem me socorrer, quando não me ocupo, quando a leitura que faço é fraca, quando o jogo de futebol é ruim ou simplesmente por que me espírito está muito inquieto para achar algo que acalme.
Até o meio dia, até a hora do almoço há um certo calor na alma, quase sempre tomo três latinhas de cervejas leve, depois da refeição quase sempre durmo.
Dormir à tarde é saboroso. É como se fosse um alimento daqueles feitos com "tempero caseiro".
Já ouvi diversas vezes que o melhor tempero é a fome, é não. A fome com o melhor tempero deixa a comida leve, a fome com uma comida sem gosto entra pelo desespero que a fome causa.
É assim, Domingo é rico ou pobre, enfadonho ou animado. Quase sempre busco um filme e acabo o dia vendo o Fantástico.
Por hora é só. Ótima sexta e feliz semana.
Marconi Urquiza.
