sexta-feira, 6 de maio de 2022
Crônicas - também me faz falta
sexta-feira, 8 de abril de 2022
Gol na rede " véu de noiva"
sexta-feira, 1 de abril de 2022
Um menino de 28 anos e seu esporte fino
Um amigo passou para mim uma ideia de uma crônica. Pensar, estudar e escrever sobre mendigo de Brasília que levou uma surra do personal trainer e sua súbita condição de estrela das mídias em geral. Em poucos dias estava sendo "condenado" por suas palavras. Em um átimo de tempo deixou de ser vítima para virar algoz.
Pode? Pode um negócios desses? Pode, o mundo é uma construção incessante de narrativas e não de verdades, de uma incessante organização mediática que busca convencer e de solidificar as suas "verdades" nas almas convertidas.
Tudo isso é um fogo fátuo a queimar as pessoas e a fazer outras tantas pularem ao sabor dos aspectos ruins da vida humana. Notícia ruim dá mídia, é a que vende mais. Somos atraídos pela desgraça.
Mais que isso, não tenho como me aprofundar neste tema sem uma pesquisa cuidadosa e uma reflexão ponderada, o que leva tempo.
Além disso, ando buscando, nessa quadra da vida, pensar em pontos mais amenos, embora isto revele a minha contradição após ter escritos romances, cujo enfoque das narrativas passe pelos aspectos ruins, regulares e recorrentes das pessoas: a maldade, a violência e a luta para não sucumbir.
Pois bem, ontem viajei para participar, no futebol, dos jogos de aposentados do Banco do Brasil, em Santa Catarina. A preparação me motivou a trazer algumas recordações.
Dias desses cheguei em um treino e, naquele papo antes de iniciar, disse a alguns amigos que estava com vontade de jogar. Sabe quanto isto ocorreu? Tem mais de 15 anos. Fiquei sem jogar uma pelada mais de 10 anos. Depois desse tempo, como forma de me solicializar, tentei jogar, machuquei-me muitas vezes, aumentando a desmotivação e só insisti por que gosto de conversar com os amigos, daquele papo que torna leve a alma. Energisa.
Nessa vibe, ontem acordei passeando pela minha meninice, sentindo aquela energia que me movia o dia inteiro para ir treinar à tarde. Era descobrindo o mundo e descobrindo o futebol, aprendendo como jogar e acertando na posição, na técnica e no modo de jogar. Isso tudo me fazia feliz. Leve.
É essa leveza que tenho neste momento, ligando 40 anos de vida, nos quais 25 jogando futebol com gosto, com fome, fome que não saciava. De me enfeitar por que adorava jogar todo arrumado. Tenho até uma história que ilustra isso.
Um dia estava em Manaus e vi uma camisa do São Paulo, Adidas, aquela branca, número 10 nas costas, na frente de uma loja de rua. Na época o time jogava o fino e nem tinha sido Campeão do Mundo. Jogava bonito, encantava. Aquela camisa me chamou, a comprei.
Então aos sábados a vestia, colocava meião de marca, calção também, caneleira e tornozeleira, imitando Dr. Sócrates, por cima do meião. Nesse tempo inventei um uniforme para o São Paulo com ele jogava a minha pelada. A camisa branca, o calção e os meiões eram vermelhos. Camisa ensacada no calção, meião ia até perto do joelho. Chuteira, preta, engraxada. Pronto, lá ia eu brincar de jogador profissional. Me sentia feliz. Mas um dia, ao chegar na pelada, alguém me perguntou por que eu estava tão enfeitado, na verdade ele disse: Pra que isso? Não pensei estar chamando à atenção e estava. Não lembro se disse: Por que gosto ou Por que me sinto bonito.
Era assim mesmo, eu me sentia bonito jogando todo arrumado, parecendo que iria para uma festa de formatura, pois é, pois é assim que me sinto nessa viagem, como aquele menino de 28 anos, todo enfeitado, vestindo um uniforme de futebol completo, como um traje de gala. O meu esporte fino. E viva o Grande Ariano Suassuna!
Abraço, Marconi Urquiza
sexta-feira, 25 de março de 2022
A CHUVA, O MOTOQUEIRO E A ROUPA DE ANO NOVO
sexta-feira, 18 de março de 2022
A raiva nas ondas do Whatsapp
Eu não sei em que isso vai dar, mas é uma experiência, uma percepção da leitura de algumas frases que ecoaram como irritadas, enraivecidas.
Primeiro vem a experiência, melhor, a vivência. A cliente, o cliente, entra em contato com a empresa através do Whatsapp. Eu, por crer que preciso oferecer uma resposta imediata, em respeito a quem nos procura, ajo no sentido de, no máximo, em 10 minutos lhe oferecer a atenção e a resposta ao que a pessoa quer: informações de algum serviço e o orçamento.
Nesse ramo, o da limpeza de estofados, colchões, carpetes, etc. Como da impermeabilização de tecidos utilizados em movéis, tem todo tipo de empresa, tudo que é preço e qualidade dos serviços. Não deixa de ser uma comoditie, onde não há escassez.
Os preços cobrados pela empresa que atuo como orçamentista em João Pessoa, a Safe Clean, nem é a mais barata e nem a mais cara. Na maior parte das vezes, o preço é médio.
Muita gente, muitas pessoas no acionam e depois silenciam. Há uma ação chamada de Follow Up, eu a uso buscando achar algum indeciso, mas geralmente o resultado é pequeno, porque a maioria decide na hora. Faço o Follow Up de três modos. Algumas horas depois de ter passado o orçamento, no dia seguinte e uma semana depois. Neste caso tentando descobrir se o cliente fechou com outra empresa e o preço, o que é uma raridade informarem. Algumas respostas são simples, na maior parte ocorre o silêncio.
Ontem, fiz esse contato após uma semana. Essa cliente respondeu dizendo já ter feito o serviço e que nosso preço é muito caro.
Resposta objetiva, feedback perfeito. Pedi a ela que me dissesse o preço, veio o silêncio, comum nos contatos com Whatsapp. Mas naquela resposta veio algo mais forte, uma energia tremenda. Não sei por que, não é a primeira vez e fica no campo da intuição e da percepção. Bem, essa energia foi a raiva. Senti aquela mulher enraiveicida. Sensação que senti em outras oportunidades.
Mais que palavras, é a energia que elas transportam. Talvez essa experiência pessoal venha como um alerta, para as pessoas que se importam com isso. Zelar a própria energia psíquica quanto tiver de responder a alguém. É fácil perder o controle e ser grosseiro.
Fique ligado, para você continuar sendo dono da própria subjetividade, pois estamos entrando em nova ebulição da bestificação das nossas emoções.
Abraço,
Marconi Urquiza
sexta-feira, 4 de março de 2022
É Guerra, e não é de videogame
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022
Futebol e praia com o sol a pino
Nelson Lins Jr. na entrada da AABB de Recife, ele saindo e eu chegando.
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