sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Queimadas, fogo, aquecimento global


      Aí o pau cantou, o pasto queimou, a cana torrou, os animais silvestres morreram, o patrimônio de milhares derreteu com o fogo, o céu alaranjou e adoeceu muita gente e essa praga também pegou o Brasil rico em cheio. A rica Europa, os Estados Unidos sofrem também, sem falar na Austrália. 

      Por causa desses eventos no Brasil lembrei quando o tema aquecimento global começou a ser espraiar pelos jornais e revistas e um ponto foi repetido muitas vezes, parecia um mantra: O aquecimento iria pegar em cheio as áreas mais pobres do planeta. O  Norte e o Nordeste do Brasil, a África, a Asia, Oriente Médio. 

      Os ricos do mundo foram se recusando a cuidar de sua poluição, as pessoas ricas também. 

      Hoje a minha percepção era que só em cima dos "lascados" a mão pesada na Natureza iria sentar o pau. Uma convicção atravessada pelos interesses econômicos e pela sensação que não seriam atingidos de tal forma que se gerou uma "convicção", derivando dela um "escudo psicológico" em contexto, a grosso modo assim: Como é lá, nós aqui estamos a salvo. Nada precisamos ajudar aquele povo.

      Aí o tempo, eita tempinho danado para dar razão aos cientistas, esses "bocudos" catastróficos.  Pois é, nem há porque crer neles? 

      Crendo ou não a questão climática afeta Antony, Antônio e Tonho. Afeta Mary, Mariah e Maria. Desse trem ninguém escapa. 

      Então a parte rica do mundo e do Brasil se achava isenta do sofrimento das questões climáticas, os freios estavam desligados. A geração futura que dê conta desse mundo.

      Preservar a natureza para nossos filhos, nossos netos e por aí vai. Para quê, não vou estar aqui? Tenho comigo que milhões pensaram desta forma.

      Sem falar das ameaças de vírus desconhecidos das florestas dizimadas e das camadas das geleiras que estão derretendo. São outros aspectos da Emergência Climática a gerar preocupação nos cientistas. 

      Bem, essa é a nossa realidade. Como indivíduo temos que agir a favor da natureza.  Um pouquinho que seja, com um pouquinho de cada um se terá uma significativa melhora nesse quadro perigoso.

     Mas agora com a velocidade da desorganização da natureza pelo aquecimento global, as labaredas lambendo as nossas bandas, as secas sugando as nossas peles e as águas afogando bicho, gente e as riquezas, pode ser que muitos, muitos olhem para os céus ao se darem conta que somos de alguma forma iguais em nossas diferenças. 

Por hora, é só 

Abraço. Marconi Urquiza. 







6 comentários:

  1. Excelente abordagem Marconi. O trem é bruto. O mundo clama por mudanças mas o capitalismo selvagem tem mais força. Mas até quando?
    Fronteiras e mais fronteiras agrícolas foram abertas nas últimas décadas.
    Tratores com correntes de arrastão derrubando tudo, grilagens de terra, encurtamento das margens dos rios, minerações clandestinas, ... enfim, é só bagaceira.
    Gosto muito de viajar de carro e observar a natureza, e de norte ao sul, leste ao oeste se vê áreas desmatadas, algumas com gado, outras com cana de açúcar, soja, milho, algodão, sorgo, etc... Não sou contra, mas deixar reservas de florestas seria condição número um para implementar novas lavouras. Mas Oceano, muitos estão cumprindo as leis...mas são leis feitas para atender ao negócio e não à natureza. É bancada rural, é bancada da bala, é bancada disto, daquilo... É tudo para atender interesses próprios, e a natureza que se exploda. Triste está situação.

    Muitos ambientalistas veem alertando e nada é feito.
    Leonardo DiCaprio alertou sobre mudanças climáticas, na revista Exame, 17 out. 2016, e disse:
    "Se você não acredita nas mudanças climáticas, então não acredita em fatos, nem na ciência".

    Fico na torcida para que as grandes potencias acordem e possam fazer algo antes que sejamos tostados vivos.

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    1. Oceano, o trem é bruto. Torço que esses grande paises mudem rapidamente.

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  2. Reflexão supimpa! Parabéns Marconi!

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