sexta-feira, 14 de outubro de 2022

ESTADO ÚTIL

        


        Na última terça-feira encontrei-me com o professor Charles. Nós de vez em quanto nos encontramos na biblioteca da AABB. É sempre um bom papo. Perguntou-me sobre a empresa que ajudo a administrar, como ela está e em certo momento se falou sobre o papel do Estado.

        Quando ele concluiu seu raciocínio eu entrei com uma opinião bem pessoal, algo que veio naquele momento supetão, nunca havia pensado antes nestes termos. Acho que se somou a uma série de reflexões que venho, aleotariamente, fazendo nos últimos meses.

        Veja, vou fazer uma introdução simples. Por Estado entendo aquela entidade em que se somam a União, Estados, Distrito Federal e os municípios. E tudo, tudinho que está sob a gestão do poder público. 

        Há muita coisa nesta relação: Justiça, Saúde, Educação, Segurança Pública e Nacional, Política, Congresso Nacional, etc. É tudo isso e muito mais.

        Voltando para a conversa. Ela suscitou a lembrança de um clichê da Economia e também da Política: Estado Mínimo. Quando o Estado sai de quase tudo. 

        Em outros termos, é o Estado em que o "mercado" toma conta e ele ficando para agir com o "essencial" das suas funções. Mas o que é essencial para uma população? O que é essencial para tempos de crise? O que é essencial em um país, enfim?

       Na conversa com o professor entrou o assunto dos setores estratégicos que devem ficar sob a gestão do país: Energia, Água, por exemplo. Quais mais?

        Em um país como o Brasil, heterogêneo ao extremo, as necessidades dos grupamentos sociais são muitos diferentes. Como o Estado, essa entidade de Poder, de organização temporal, espacial, de regulação atua?

        Como o Estado atua? Como o Brasil atua? 

        Em linhas gerais, mesmo que não esteja afinado com os termos da Economia, pense: 

        - Qual é a lógica do "mercado"?

        - Qual dever a lógica do Estado e de suas entidades?

        - Qual deve a ação concreta do Poder Público em todos os seus pontos de atuação?

        Quando estava, eu mesmo, tentando responder a estes questionamentos veio à lembrança de uma frase lida no início dos anos 1980, que para mim foi tão significativa que nunca esqueci da sua essência. 

        A li no livro A Primavera de Praga, de Pavel Tigrid. Em certo trecho ele escreveu, vou parafrasear, pois não lembro exatamente da frase. Mas vale a pena ler a sua essência: 

        A democracia é quando o Estado buscar equilibrar a força do mais forte em apoio ao mais fraco. 

        Então como deve ser o Estado, o Estado Brasileiro?

        Como deve ser?

        Naquela conversa com o professor saiu essa ideia: O Estado tem que ser útil. Útil para quem precisa, para quem não tem força e nem recurso. Também para agir onde e quando a necessidade existir, onde e quando a necessidade exigir. Útil para atuar na emergência, útil para transformar a realidade de carências que crassam Brasil afora.

       Enfim, o Estado tem que ser útil, verdadeiramente útil para a população e não apenas para alguns dessa população.

        Tudo que ouvi falar sobre o modelo de Estado havia lido e ouvido em aulas,  esta foi a minha ideia e não tem nenhuma teoria por trás,  apenas um sentimento. 

        Por hora, é só. 

        Abraço,  Marconi Urquiza. 


        Obs: Aberto à crítica. 

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        Abraço, Marconi Urquiza

        Marconi Urquiza

2 comentários:

  1. Quando o Brasil alcançar o estágio de NAÇÃO teremos condições de avaliar o tamanho do ESTADO. Por enquanto ficaremos na teoria. Parabéns pela reflexão.

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