Achei uma que trazia o conceito de Esperançar de Paulo Freire. Parece que estamos vivendo esse conceito que é uma ação ativa e não passiva. Onde as palavras positivas estão fazendo eco depois que a maldade parecia tomar conta de tudo.
Achei outra que tem uma linda rosa vermelha como imagem de abertura, inspirada no lindo conto de Clarice Lispector, Clarice menina que entrou nos jardins de uma casa de um rico em Recife e furtou uma rosa.
Vi outro rascunho, e está vívido em mim a fotografia do rosto travesso e sorridente do multi artista da escrita Antônio Maria, um notório boêmio e que colhia suas crônicas diárias andando pelas ruas de Copacabana. Como ele viu aquela Mulher Nua Na Janela? Prosaica.
Lembrei-me da minha própria crônica em que tentava descrever um gol que fiz quase do meio campo e falhei. Falhei no que deveria descrever, que não era físico, não era a mecânica do chute, o efeito do vento que mudou a trajetória da bola. O que deveria trazer foi a alegria imensa de ter consigo realizar um sonho juvenil de fazer um gol de tão longe. Era sobre sentimentos.
Aí esta semana me ocorreu de lembrar de um Baile do Governador no Rotary, cuja atração principal era o cantor Adilson Ramos. Quase 15 anos se passaram e o que presenciei causa-me estranheza pela alegria e espontaneidade das senhoras ao ouvir os primeiros acordes do maior sucesso do cantor.
Se moveram e foram para frente do palco cantar e dançar com o artista as lembranças de suas juventudes. Para resumir aquilo tudo só em uma palavra: Fantástico.
Por hoje é só. Abração.
Marconi Urquiza.
Valeu Marconi. Parabéns. Suas memórias escritas, reescritas, contadas em verso e em prosa enriquecem nossas sextas-feiras.
ResponderExcluirLembrei-me de Fernando Pessoa, que dizia:
"...A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana.
Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. ..."
Bom final de semana. Abraço fraterno.
Muito bom, Marconi! Seus escritos, suas lembranças e Memórias são valiosos registros do nosso tempo. E, a cada cronica publicada, viajamos pra seu mundo, lembramos nossas proprias histórias e lembranças, misturamos tudo e o resultado bate fundo na alma da gente.
ResponderExcluirReminiscências de crônicas e de um momento, mais uma crônica. Simples assim, devaneios. Legal!!!! (Lúcia Ribeiro)
ResponderExcluirFalar de fatos escrevendo com desenvoltura é uma dádiva, parabéns amigo.
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