sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Hoje é aniversário de Luiz Gonzaga - não menos.

       
       13 de dezembro, hoje é aniversário de Luiz Gonzaga. Nada menos do que isso. Esta crônica começou há muito tempo, mas só tomou forma em novembro passado. 
        Estávamos em Fortaleza (CE) para o Campeonato de Integração dos Funcionários Aposentados do Banco do Brasil (CINFABB). 
        Naquela noite, eu e cida, mais vários colegas fomos ao Teatro do Humor Cearense. Ali o show começou com uma banda de forró pé-de-serra. Sanfoneiro, zabumbeiro e tocador de triângulo, que nesta banda era também o cantor.
        No momento em que ela inicia a apresentação, o cantor fala sobre Luiz Gonzaga, nada de mais, pois ele tem ótimas canções. Naquele exato instante eu conversava com Cida, então o que ouvi entrou naquela parte do cérebro que tende ao esquecimento, mas não foi o que ocorreu, pois uma palavra acendeu uma roda viva para recordar quem mais havia dito a tal palavra com o mesmo contexto que aquele jovem artista falou.
        Fiquei como toda a plateia ouvindo as várias músicas cantadas, a maioria foi de Luiz Gonzaga, ao mesmo tempo que o sino 🔔 da revelação dava seu som. Nisso o "seu" voltou com força e me desliguei do show e comecei a digitar no celular sem querer perder a ideia que me surgiu naquele momento.
        Para quem sabe o que tem abaixo é chover no molhado, para quem não sabe, pode ser útil. Pernambuco ama Luiz Gonzaga, um amor fenomenal, muitos outros povos Nordestinos também o amam.
         Ele foi um artista que criou uma música, o Baião, transformou o forrobodó em forró, essa música dançante por excelência. Alguns historiadores dizem que o São João como conhecemos foi ele que criou, inspirou, deu sentido. Foi inspirador de várias gerações de artistas.
        Tudo começou há alguns anos. Estranhei a forma como o cantor Waldonys se referiu a Luiz Gonzaga.  Nunca tinha ouvido alguém se referir a Gonzagão daquele modo. Para mim foi no mínimo inusitado. Na entrevista ele falou que conheceu Luiz Gonzaga criança e dele ganhou uma sanfona. 
         A entrevista prosseguiu e Gonzaga entrava e saia dela. Em certo momento ele foi mostrar o talento de Luiz Gonzaga. E a frase de reconhecimento foi absoluta ao demonstrar um dos modos dele tocar sanfona, ao final disse: antes dele ninguém fazia isso. Lá no show do Teatro de Humor Cearense o sanfoneiro fez. Tocou uma música com aquele resfolegar saboroso.
       Os anos se passaram e ouvi  outros artistas cearenses falar de Gonzaga do mesmo modo.
       Na Fliporto de 2024 o escritor Paulo Wanderley usou a mesma expressão de Waldonys. Achei que não era mais modismo. Tinha algo que eu não alcançava.
         Mas hoje (23.11.24) eu alcancei. Lembrei o que cantor falou ao abrir o show, ele disse, vamos começar com as músicas do "Seu Luiz Gonzaga".
        Fiquei rebobinando o dicionário dias seguidos em busca de uma palavra, não encontrei fácil um termo para o sentimento que tive ao ouvir o cantor da banda de forró se referir a Luiz Gonzaga.
        Seu Luiz Gonzaga... Seu Luiz Gonzaga.  Seu Luiz Gonzaga, vixe, é pura veneração.
        Nada de Luiz Gonzaga, "Seu Luiz Gonzaga." Fantástico, isso vai longe, para muitas gerações. No Ceará isso vai longe, tem modo de perpetuação. Veneração.

Viva Seu Luiz Gonzaga!

Viva!

Abração 

Marconi Urquiza

Um comentário:

  1. Valeu Marconi pela bela homenagem ao Rei do Baião. E viva Seu Luiz Gonzaga, eterno no coração de todos os brasileiros e reconhecido internacionalmente.

    *"Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão, que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor."*
    Luiz Gonzaga.

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