Ao dar este título a esta crônica me inspirei em Antonio Maria. Lembram dele? Não tem importância, mas do Frevo n.3 ou n.1 tenho a convicção que muitos conhecem.
Comentário n. 1 começa bem antes, começou no amistoso, com empate, entre Polônia e Chile. O jogo foi dois a dois, dois a zero no primeiro tempo para a Polônia e o Chile jogando forte no segundo tempo, empatou o jogo, pressionando o time polonês.
Mas naquele jogo eu fiz a primeira observação, digamos, mais técnica do sistema de jogo de uma seleção que iria para a Copa da Rússia.
A grosso modo a Polônia se posicionou assim: 1 (goleiro) - 3 (defensores) - 3 (meio-campo defensivos) - 3 (meias ofensivos) - 1 (atacante de ofício), este sendo Lewandowsky. Craque que joga no Bayern de Munique.
Depois de uns vinte minutos e no correr do primeiro tempo, principalmente, vi a Polônia fazer a primeira linha defensiva com cinco jogadores e até com seis jogadores para não levar gol.
O fato do ângulo das câmaras da TV polonesa ser aberto dava para ver claramente quando o time ficava com 1 - 6 - 3 - 1 para se defender, que se transformou diversas vezes em 1 - 3 - 3 - 4.
Mínimo de 3 defensores e 3 volantes, 4 atacando e prontos para recomporem o sistema defensivo.
Bem, era para falar da seleção brasileira, como encomendou o amigo Walmir.
Aí no sábado veio Argentina e Islândia, até comentei com ele que me admirava da obediência ao sistema tático e a estratégia escolhida pelo treinador por parte da Islândia. Ali, em certo momento do segundo tempo me passou um pensamento rápido, "como seria o Brasil jogando com um time que se defende com seis jogadores?" Eu imaginei que haveria dificuldade, mas não tanta.
Antes de concluir este Comentário n. 1 recordo de um jogo que assisti em 2004 lá em Surubim em que o Surubim Futebol Clube jogava contra um time retrancado, naquele dia eu comentei que o time precisava chutar de longe, pois só fazia ciscar e não criava nada de novo, até que Marquinho Cucau deu um chute de fora da área, acertou o gol e a vitória daquele domingo.
Recordando, além dos jogos do Brasil e Suíça, Islândia e Argentina e esplendor de jogo do México contra a Alemanha, creio ainda que jogar contra um time que se defende com tantos jogadores, precisa ter uma enormidade de variáveis táticas para possibilitar chutes de fora da área e muita velocidade na troca de passes e de posições entre os jogadores para desorganizar o sistema defensivo, sem isso fica fácil ser marcado e tomar os contra-ataques.
Um comentário só sobre o jogo México e Alemanha, ontem que tinha o controle mental foram os mexicanos, se mantiveram organizados durante todo o tempo.
Abraço,



