Estamos preparados para enfrentar qualquer sistema defensivo. Decidiremos pelo jogo indo a frente, sem recuar nossa equipe. Somos melhores, antes do jogo decisivo (e da derrota) contra a Itália, na Copa de 1982. http://www.showdoesporte.com.br/noticias/futebol/14807/
Nem o mestre Telê Santana escapou da presunção.
Mas que atitude mais presunçosa a cavadinha do goleiro Caballero da Argentina, a sua falta de humildade abriu o caminho para a gloriosa derrota. O gol desajustou a já desarrumada seleção argentina e por causa dessa absurda falha há um ponto que quero falar, a quebra da autoconfiança.
A poderosa Alemanha em certo momento do segundo tempo do jogo contra o México partiu para o abafa, mas não foi por causa de uma autossuficiência como a de Caballero, mas o jogo ajustado, bem treinado e estrategicamente executado da seleção mexicana abalou a autoconfiança da seleção alemã, a ponto do seu grande time dar balões e mais balões sobre a grande área do México.
Imagine que a Alemanha em certo momento do jogo contra a Suécia leve um gol e enfrente um time fechado como o México e com isso o tempo passe "rápido" e o nervosismo for chegando avassalador, aquele controle mental, a força psicológica vai dar de novo lugar para as jogadas de peladeiros, muita vontade e pouca organização.
Mas se ela vencer, será mais uma vez a perigosa e competente Alemanha.
Desde ontem eu fiquei imaginando um quadro, quase agourento, em que o Brasil jogando o fino da bola enfrente dificuldades com a Costa Rica, como a Alemanha enfrentou com o México, um placar adverso e a gente pode ver autoconfiança cair como um paraquedista em voo livre na medida que os gols não ocorram, ainda mais quando uma certa soberba acompanhar uma equipe.
Isto na vida comum tem uma percepção mais demorada, mas não no futebol, especialmente nos jogos decisivos, em que o resultado para ir a uma classificação está logo ali, assim como o resultado que faz descer ao inferno astral em 90 minutos, pressão que costuma levar alguns atletas a cometerem terríveis erros.
Sabe, nesta manhã nós poderemos ver um time jogando o fino da bola ou um time nervoso ante a uma retranca secular. Só espero que não ocorram falhas pela soberba de algum jogador brasileiro e que a bola estufe as redes em três a zero.
Agora, sinceramente, estou curioso como será o desempenho do México no sábado, se seu jogo tiver a mesma luz que teve na vitória sobre a Alemanha ela poderá se colocar em um caminho para o topo, mas se achar que porque ganhou da seleção alemã represente um título mundial antecipado, nós veremos mais vez o fiasco de sempre, de uma promessa que frustra sempre as expectativas de ver algum dia o bom futebol mexicano entre as maiores seleções.
Abraço,



