sexta-feira, 15 de outubro de 2021
Descubra o Betinho que existe em você
sexta-feira, 8 de outubro de 2021
Sobre livros e sobre vidas
Alguns títulos de livros me
atraíram à leitura. Vou citar quatro, são eles e na ordem de leitura:
- Travessuras da Menina Má; O Negociante de Inícios de Romances; O Vendedor
de Passados e, O Mapeador de Ausências.
Todos os livros trazem invenções
com fatos concretos, só não consegui concluir a leitura de O Negociante de
Inícios de Romances. Na metade da leitura não entendi a proposta do autor e parei.
Travessuras da Menina Má, de Mário
Vargas Llosa, é um livro do qual tenho uma enorme dúvida, mesmo passado tanto
tempo da sua publicação. Enquanto lia, logo após tê-lo feito e 14 anos depois
da leitura, sempre que lembro dele sinto o comichão da dúvida. O romance é uma
história real? Se não for, a sua capacidade de iludir chegou à perfeição. Para mim é o melhor
livro de Vargas Llosa, dos seis que li. É de uma mulher diferente de tudo e de um homem esquisitão, com um amor perpétuo e impossível por essa mulher.
Muito tempo depois estou em uma
livraria e vejo o romance: O Vendedor de Passados. Desta vez li a quarta capa e a orelha. Aquela apresentação curta me fez comprar o
livro. A prosa leve, um português parecido com o nosso, uma história cativante,
um personagem engenhoso, outras tantas querendo um passado novo e distante do período
colonial de Angola. José Eduardo Agualusa,
com uma prosa leve, passeia pelo bom humor, pelo trágico e pela história da
violência da Polícia Política colonial de Portugal.
Na última segunda-feira conclui a
leitura de O Mapeador de Ausências. Ele se assemelha ao livro de Agualusa nas
revelações das atrocidades da polícia portuguesa em Moçambique, nos estertores
do regime colonial. Tal como, O Vendedor de Passados, a prosa é leve. O vai e
vem do presente e passado é bem marcado.
Fui buscar nesse livro ideias
que me propiciasse desenrolar o novelo que se transformou o rascunho de O Último
Café do Coronel. Um livro que sai da ficção e cai com uma bomba na biografia de
um período pesado de Bom Conselho, de minha mãe e irmãos, como para mim, dos amigos
de meu pai e até de alguns adversários dele daquele período.
Não posso afirmar que achei um
caminho, ou uma ideia para prosseguir, ou mesmo um modo de imitar Mia
Couto. Não achei nada, além de uma ótima
leitura. Mas fiquei a matutar. Quanto de passado a ser “resolvido” existe nas
pessoas? Quanto de história precisa ser “revivida” na mente e no coração para
ser, de fato, colocada no mapa da ausência?
Como projeto de escritor, este
talvez seja o maior desafio da minha vida, como um controlador de voo das emoções
que estão amarradas com correntes de um elo só, para que não escape, nem tenha espaço
para se mover e não perturbar.
Como muito se escuta por aí, o passado
deve ficar no passado. Mia Couto vem trazendo as histórias dos ausentes como se
elas fossem mal contadas pelos que estão no futuro e no presente.
É um contraponto com O Vendedor
de Passados, onde o passado não precisa ser esclarecido na sua inteireza, que
seja de verdade. O passado é para os vivos, é para se transformar em um passado
que os orgulhe e que possam apresentar-se bem com eles.
Aqui e acolá estoura uma fraude
de uma biografia inventada, a mais comum, uma pessoa que diz que fez doutorado
no estrangeiro, sem ter feito; ter feito formação profissional e as apresenta como
concluído, sem que tenha de fato ocorrido. O Vendedor de Passado é para esse
público, que deseja uma biografia foda.
O Mapeador de Ausências é como um
mapa, em que aqueles personagens vão revisitar os ausentes há muito enterrados,
mas vivos. É um pouco como o que veio ocorrendo quando tive o impulso de escrever
O Último Café do Coronel. As pessoas que poderiam me ajudar a entender aquele
tormento, toda aquela confusão e toda a dor, estão quase todas ausentes. Os
poucos que restam, não conseguem falar do assunto, a emoção toma conta e eu
choro junto.
Escrever Decisão de Matar, com
toda a sua gama de história real, ficcionada, foi muito mais fácil. Várias
daquelas ocorrências drásticas eu soube em tempo real, mas fui mero expectador, a dor
não me atingiu, o sufoco e as mortes foram de outras famílias. Apesar disso,
mais de 25 anos após certos eventos que estão no livro, eles passam por minha
mente como se visse um filme. Aqui foi um ficcionista olhando as coisas quase
de longe.
Cá, em O Último Café do Coronel,
a emoção estava presente em cada hora que escrevi, em cada hora que
ficou na gaveta. Eu não era um ficcionista inventando, até tem muita invenção,
também não era um biógrafo, trazendo os fatos com a objetividade do historiador,
ainda que se utilize das técnicas literárias. Era o filho que quis escrever
sobre os últimos meses da vida de um pai, morto em meio de uma disputa política,
história da qual nenhum historiador se aventurou em contar, nem eu conseguirei fazer.
Abraço e ótimo final de semana.
Marconi Urquiza
Capas dos livros:
sexta-feira, 1 de outubro de 2021
O drible da vaca
Agora que tem dois brasileiros na final da Copa Libertadores eu pensei em dois jogos pra lá de antigos.
Acho que estavam dois times de Caraúbas, um de Dix-Sept Rosado, um de Felipe Guerra e acho que dois de Apodi. Cidades do oeste potiguar.
Em uma das rodadas, fomos para Felipe Guerra. No time dessa cidade atuava o jovem prefeito.
O árbitro era da Liga de Mossoró, quase profissionais. Todo ataque nosso, soava um apito. Em certo momento, Porquinho, nosso melhor jogador, fez uma jogada, armou o chute. O apito veio estridente.
No primeiro tempo tomamos 2 x 0, gols do prefeito bom de bola. Eu olhava para o juiz e fazia caras e bocas, mas não reclamava.
Quando acabou o primeiro tempo eu encostei nele e fiz um comentário que não entendia as suas marcações, não lembro como, apelei: "deixa a gente jogar, já tão difícil, eles já têm 2 x 0". Ele olhou para mim e disse uma frase parecida com essa:
- Olha, sabe o que é, eu quero chegar inteiro em casa. Meus meninos estão me esperando.
Balancei a cabeça, olhei aquele imenso campo arenoso, até bonito, com as marcações no solo. Redes bem esticadas. Alguma plateia, então caminhei para a preleção do nosso técnico, convicto que naquela tarde essa regra de "sobrevivência arbitral" já havia decretado o resultado da partida.
2º Tempo, vamos ver se o time empata.
A outra história antiga ocorreu, quando, certo dia, Erickson Torres convidou a mim e a Seba para jogarmos em um Sítio em Afogados da Ingazeira. Não vou nem arriscar o nome desse local para não errar feio, o tempo vai tão longe que nem lembro direito o ano, talvez 1984.
Era um domingo, depois do almoço nos
encontramos na frente da agência do Banco do Brasil de Afogados da Ingazeira. Após o nosso time
estar todo junto, saímos da cidade, acho que fomos em quatro automóveis pequenos.
O jogo teria que iniciar cedo, de
modo que acabasse ainda com luz solar.
Vou chutar: às 14 horas começou a partida.
Naquela tarde eu tive dois estranhamentos. O primeiro: O campo tinha um declive de um lado para o outro ao longo da lateral, o outro você lerá.
No primeiro tempo, o nosso time atacaria para o gol, cujo lado direito, estava quase cinquenta centímetros mais alto que o lado esquerdo. Como se tivesse uma drenagem natural. Típico campo de terra batida e muito cascalho.
Começou
o jogo. O sol a pino queimava o lado do rosto e incomodava a vista pela luminosidade
excessiva. Tem mais, não havia, naquele campo, uma sombra que aliviasse o calor.
Nosso time, um pega-na-rua, corria desarticulado. O outro time, não era muito melhor que o nosso. Digamos que do nosso lado tivesse um ou dois jogadores de uma técnica apurada, do outro lado, mais jogadores velozes e que conheciam o campo, que era rodeado por uma cerca de varas, de maneira que ela serviu como um alambrado para que a única bola não se perdesse no mato.
A
bola corria no chão quente, a sede começou a chegar, o cansaço em jogar em sol
mais forte já dava sinais para o nosso
time, especialmente para mim, pois só jogava à noite na AABB de Afogados da
Ingazeira.
De vez em quando eu apostava corrida com o ponta, ao sair do miolo da zaga, para fazer cobertura do lado esquerdo. Já não tinha o mesmo preparo e nem o mesmo peso de dois anos antes.
A
única coisa que melhorou nesse período, é que havia começado a usar uma meia
fina por baixo do meião e tal atitude evitou que fizesse calos nos pés, mas
não livrava de sentir aquele calor infernal ao pisar no chão quente.
Não
sei em que momento tomamos um gol. Achei estranha a jogada que o antecedeu, mas nada
comentei. O tempo correu e raramente ocorria uma chance de gol,
principalmente do nosso time. O jogo estava morno, mais cá que lá.
Os times agora estavam lentos ao sabor do calor de mais de 32 graus. O nosso lateral esquerdo subiu e parou, acho que ficou lá na frente puxando fôlego, mas o ponta, esse ficou de moita.
Então bola veio para ele, que veloz disparou, eu cheguei para
fazer a marcação, cerquei o rapaz e pensei: ele vai dominar a bola e marcado, volta
com ela ou dá um passe. Fiquei tranquilo, o resto do gás daria para não deixar
ele livre e até pensei: qualquer coisa uso o corpo e interrompo a jogada com
uma falta tática.
Meu velho! Meu velho! O jogador se voltou, deu um bico de efeito na direção da cerca, me deu um drible da vaca e correu para o gol. Claro, eu parei, era para ser lateral. A pelada não tinha juiz, era a boca e o bom senso.
O
cabra correu sem marcação e acertou outro bico, gol, dois a zero, foi então que saí
do mutismo:
-
Que negócio é esse? Foi lateral!
-
Aqui não tem lateral – outro respondeu.
-
Como não?
-
A regra da gente é, bateu na cerca do lado campo, pode continuar o jogo.
-
Tá errado
-
Pode até tá. Não disseram que a gente joga assim?
-
Não.
Assim a reclamação acabou e o gol, sem VAR e com o puxadinho da regra, foi validado.
Abração,
Marconi Urquiza.
sexta-feira, 24 de setembro de 2021
Prevente Senhor
sexta-feira, 17 de setembro de 2021
A aventura do passarinho dentro da casa
Não
se sabe o que atraiu o passarinho para aquela casa. Ele chegou, pousou sobre o
muro e ficou observando. Dava um pio, outro, andou para um lado, depois voltou
e após algum tempo levantou voo, mas não foi para longe, pousou em uma
jabuticabeira que ficava no oitão da casa.
Outros
passarinhos também se aproximaram, a jabuticabeira carregada exalava o seu
perfume forte, meio azedo, o chão estava forrado de frutos.
O
passarinho ficou por ali, quando os seus amigos da natureza chegaram ele foi
para uma árvore sombreadora que ficava no jardim, no entanto, a sua curiosidade
fez ele se fixar na casa.
De
dentro da casa se ouvia as vozes alegres das crianças, um converseiro de dá
agonia, vez por outra a voz da mãe entrava disciplinando a confusão entre os
filhos. O pai estava em outro cômodo da casa, mexendo em alguma coisa. Nem ele,
nem passarinho se viam ou ouviam mutuamente.
O
passarinho, pequeno, se assustou quando um sabiá, maior que ele pousou por
perto, ele, por precaução, mudou de galho. Em certo instante sentiu o cheiro de
uma fruta aberta e seu o seu olfato o levou a mudar de árvore e ir para uma
goiabeira. Ele deu algumas picadas na goiaba, se alimentou e saiu de perto
daquele fruto, foi para uma árvore que ficava mais perto da casa.
Lá
na cozinha da casa a mãe preparava o café das crianças, ela abriu dois mamões
papaia, limpou as sementes e os cortou em cubos e os colocou em um prato sobre
a mesa da cozinha. Saiu para vestir as crianças, o pai passou pela cozinha,
saiu pela porta dos fundos e foi fazer a limpeza dos tapetes do carro. Fazia
diariamente para não encher o carro de areia e de barro, o vermelho, capaz de
encardir tudo.
Ali,
na garagem aberta, ele viu o passarinho voar e pousar na travessa do teto da
edícula. Não lhe pareceu que ele estivesse perdido.
O
passarinho parece que havia se decidido de alguma coisa. Ficou observando o
homem, que o havia ignorado, olhou para a casa e ouviu de longe as vozes
alegres das crianças sendo arrumadas e perfumadas pela mãe, para irem para a
escola. Todos prontos, camisas por dentro das bermudas e com os cabelos
penteados para trás.
O
passarinho pulou para um caibro e se aproximou da entrada da cozinha, deu dois
pulos e ficou olhando para a mesa onde estava o mamão, depois se aventurou e
voou, entrou na cozinha e pousou sobre um armário alto. Em segundos pousou
sobre a mesa e deu uma picadinha no doce mamão. Foi neste momento que a cozinha
se encheu, os três filhos chegaram junto com a mãe.
Da
garagem o pai ouviu os filhos gritarem e aquilo despertou a sua curiosidade. O
que estaria acontecendo? Quando chegou na cozinha, os três filhos estavam
correndo para a sala vizinha e depois para a varanda fechada por uma janela
envidraçada. Eles queriam brincar com o passarinho, que queria fugir e voava de
um lado para o outro na varanda, se encontrar uma brecha para sair da casa.
Quando
o pai se aproximou, ouviu da esposa: um passarinho entrou dentro de casa.
Aquele
ser miúdo estava apavorado, um dos meninos quis pegar ele, mas o pássaro se
esquivou voando entre as mãos.
O
passarinho olhava para todos os lados, mirou para o pequeno corredor e se
preparou para voar por ele, foi quando o homem apareceu e frustrou a sua
intenção.
O
pai das crianças ficou olhando aquela agonia do pequeno pássaro, que já estava
cansado, por isso se aninhou no beiral de uma porta. Cauteloso, o pai andou até
o janelão e abriu uma brecha. O bicho nem se mexeu. O homem ampliou a abertura,
o passarinho permaneceu quieto. O pai abriu as duas folhas de vidro e
escancarou a janela, deixando a brisa varrer a casa de ar fresco, mas o pássaro
ainda ficou parado. Então alguém soprou para o homem: Sai daí, e ele se afastou
da janela.
O
passarinho olhou, sentiu o ar fresco chegando para respirar, viu a família
agrupada no outro lado da varanda e se encheu de coragem. Deu um voo curto até
o beiral da janela, piou e olhou para os gigantes humanos, virou as costas e
foi pousar no galho mais alto da árvore sombreadora, de onde poderia viajar.
A
mãe chamou as crianças para tomar café. A janela ficou aberta e todos foram
para a cozinha. Logo as crianças seriam levadas para a escola e os pais iriam
para os seus trabalhos.
No
meio do café todos se voltaram para a porta dos fundos e perto dela, pousado
sobre um balanço de cordas o passarinho dava seu show de canto.
Dois
dias depois ele voltou, ao ver a família reunida, se aninhou no beiral da
janela lateral da cozinha e começou a cantar.
No
dia seguinte voltou e fez novo show matinal.
No
terceiro dia uma das crianças falou alegre: Olha pai, o passarinho é amigo da
gente!
A
partir daí o passarinho foi recebido com água fresca e alpiste.
∞
Abraço, Marconi Urquiza
sexta-feira, 10 de setembro de 2021
HATERS
sexta-feira, 3 de setembro de 2021
Vamos lá fazer o que será!!!!
Fé na vida, fé no homem, fé no que virá
Nós podemos tudo, nós podemos mais
Vamos lá fazer o que será.
Gonzaguinha
Você já esteve em alguma reunião que corria alguma energia, como um rio subterrâneo, até que ele apareceu iluminando a natureza, criando vegetação e dando vida. Foi assim, foi quase desse modo, foi o que senti.
Três anos atrás fui a uma reunião parecida, de posse de uma diretoria. Naquela noite tudo curto, sisudo, muito formal e até, tenso.
Na última quarta fui com Cida, formos o segundo casal a chegar no Salão Capiba da AABB Recife. Mesas separadas, conforme o protocolo da Covid-19.
Os amigos e os conhecidos foram chegando aos poucos e sentando às suas mesas, e foram se juntando, a afinidade aflorando, a saudade matando o desejo de se reunir, de contar sobre com passaram, como estão hoje, compartilhar de sua vida.
Eita vontade de abraçar. Eita!
Os presentes, todos adultos, já puxados nos anos, presumo, vacinados. Havia entre eles amigos que não se viam a um e meio. Muitos ali já haviam rompido os dois anos sem se encontrarem, gente que se encontrava regularmente.
Eita vontade de abraçar. Eita!
A reunião prosseguiu, sisuda, como deve ser um ato solene e chegou a hora do discurso do presidente da AABB Euler, reeleito.
Euler, ao contrário de suas intervenções curtas, trouxe um texto longo, formal. Começou a ler, em certo momento, fez imagens de um sentido mais filosófico, mas o discurso foi ganhando outro tom, que a sisudez de um discurso escrito não costuma permitir e foi ganhando o colorido da emoção.
Ontem um menino que brincava me falou
Que hoje é a semente do amanhã
Para não ter medo, que esse tempo vai passar
Não se desespere não, nem pare de sonhar
Quando ele cantou essa estrofe de capela, o papel já repousava no púlpito, era na sua voz a força da esperança e da superação. Fé no homem, fé na vida, fé no que virá. Foi nesse momento que os presentes começaram a vibrar, como aquele rio subterrâneo, e os aplausos protocolares, sem entusiasmo, foram ganhando o colorido da vida e já não eram mais de pessoas educadas, mas de fãs. E a energia correu todos nós.
Fé na vida, fé no homem, fé no que virá
Nós podemos tudo, nós podemos mais
Vamos lá fazer o que será
Vamos lá fazer o que será
Viva a saúde!
Viva o vento! Viva a vida!
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