sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Números não ditos na proposta CASSI

        "Como a matemática pode ser usada para enganar você".  Charles Seife

Resultado de imagem para os números não mentem mas os mentirosos fabricam números


      Nas propostas de salvação da CASSI o que mais não foi dito?

    Após presenciar a reunião na AABB Recife vi que a curva da receita na proposta apresentada pela da diretoria da autogestão também tem um horizonte finito, como as demais apresentadas.

     Intrigado, após um post no grupo de Whatasapp de aposentados me chamar a atenção, eu cutuquei, cutuquei, cutuquei até que me lembrei: 
O que pega na assistência médica em geral é a sua maior despesa: os internamentos. Mas o que fode mesmo é a inflação médica. (*)

     
Aí fui ver, enquanto na proposta apresentada, em média, o crescimento projetado nas despesas com saúde dos associados gira em torno de uma média anual de cerca de 10%.

   A inflação médica variou de 15,40% em 2012 a 20,40%(*) em 2016. Percentual sempre acima do projetado na proposta divulgada, inclusive na proposta mãe. Com este histórico de encarecimento ascendente perante o plano de salvação a conta não vai ser equacionada nunca e não demorará, ela voltará a ficar estrangulada financeiramente.

   A CASSI está na UTI, no entanto, a solução apresentada NÃO REVELOU este por crítico, o que nos obrigará a outra discussão no futuro e talvez, imposição de outra medida que quebre o poder que o corpo social ainda tem, além de maior oneração financeira aos associados.

  O que mais não foi dito?




quinta-feira, 26 de julho de 2018

Três foguetes na praça

Resultado de imagem para três foguetes

    Na semana passada eu me encantei com a crônica Mar de Antonio Maria, pois ela tem a magia de um papo entre amigos, daqueles em que um escuta enquanto o outro fofoca. Achei um primor ele escrever "banho salgado" e não banho de mar.

    Vamos à nossa história. Lá pelo idos de 1991 nós estávamos em Caraúbas, quase Vale do Apodi, quase vizinho a Mossoró e onde em agosto jogar futebol de campo, atacando para fazer gol na barra de cima era tomar contra-ataque do vento.  

   Nesse tempo não havia playground, na AABB, duas piscinas de água salobra. Afora isto, haja criatividade para os meninos brincarem. Como a maioria das cidades do interior, ter uma praça grande é parte do padrão urbanístico brasileiro.  Sem praça grande não há a apoteose dos comícios políticos, nem da festa da padroeira e muito menos um desfile de Sete de Setembro que se preze. 

    Parecida com muitas outras cidades, Caraúbas tem a sua praça grande. Não era uma praça vistosa, ter verde naquele tempo, só se houvesse alguma parte pintada. Mas era uma praça e nela tínhamos um pequeno descanso na canseira que Victor e Rapha nos dava.
  
     A praça ainda hoje é retangular, como a maioria delas, no meio dela, alguns bancos, entre os passeios oblíquos, era só areia. A memória me diz que no canto de cima e a esquerda havia um bar. Mas o Google Earth em 2018 me informou que aquele pequeno quiosque se transformou  e há agora um enorme  pátio coberto.

     Depois de um tempo morando na cidade, nós começamos a ir nos finais de semana para esta praça para levarmos os meninos para brincarem. Era um segura ali, um segura lá, não deixa os meninos se sujarem, eles vão se relar. Sabe, muitas vezes a água corrente era escassa, a seca já nos apertava. Cheios de cuidados nós ficávamos pajeando os dois danados inquietos e cheios de energia.

    Na peleja de um desses passeios na praça, se aproximou um senhor, nosso conhecido, cabelos bem grisalhos.  Ele tinha idade para ser avô dos meninos. Com aquela paciência e com a voz mansa de quem cuidou de netos nós ficamos ali conversando um tempo, eu beirando os 33 anos e ele na casa do 60 anos. 

   Os minutos foram passando e eu fui me agoniando com as trelas dos meninos, pois queria controlar o impulso infantil, foi quando ele me disse: "deixe os meninos brincarem, garanto que eles vão gastar toda a energia e quando entrarem no carro, nem chegam em casa, já estarão  dormindo."

    Não sei se por respeito ao convívio, não sei por respeito a sua experiência de vida, provavelmente por não ter nenhum parâmetro de como lidar com a situação eu me calei e fiquei olhando os meninos trelando na praça, correndo alegres, só cuidando com Cida para eles não irem para onde os carros passavam.

    Quando a "boca da noite" chegou e escureceu a cidade, chamamos os meninos e fomos para casa, nem percorremos  um quilômetro, eles já dormiam esparramados no assento de trás do Monza, sem os costumeiros: "não rele em mim", frase que prenunciava uma nova briga.

    Nunca esqueci a sabedoria daquele avô e nem deixei mais de aplica-la na criação dos meninos, era mais ou menos assim, "pode brincar, cuidado com para não se machucar" e a gente soltava os danados até cansarem, agora eram três (*) foguetes correndo rasteiros ou subindo nos toboáguas.


Abraço,

(*) - Victor, Raphael e Philip.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Cabulei a crônica O MAR

  Um tributo a saudade.


  

Cronista pernambucano, famoso no Rio de Janeiro na década de 1960

O MAR
Banho de mar no Recife era “banho salgado”, e só se tomava com ordem médica, das cinco às sete da manhã. Antes do sol.
As roupas de banho das mulheres começavam numa touca, seguindo-se um casaco-sunga escuro (com aplicações róseas ou azuis) até os joelhos e sapatos de borracha.
Não devia confessar, mas sou do tempo do “banho salgado”. Acordávamos com a noite fechada, entrávamos em nossas roupas de banho e partíamos. De carro, para a Boa Viagem. Em jejum. Ai de quem tomasse café e caísse no mar. Contavam-se casos de pessoas que envesgaram ou ficaram com a boca torta. Tinha que ser em jejum como o da comunhão. Nem água.
A família só descia do automóvel  depois que o chofer, pessoa de confiança, fizesse um reconhecimento da área e garantisse  que não havia ninguém (homem) ali por perto.
Na praia, a pessoa mais velha mandava  que todos fizesse o “pelo sinal” e tirava uma ave-maria, a que todos respondiam, encomendando a alma a Deus, no caso de afogamento ou congestão.
– Botaram algodão nos ouvidos?
– Botamos.
Davam-se as mãos, moços e crianças, entravam no mar, até a cintura.
– Um, dois três ... e já!
E mergulhavam agoniados, de mãos dadas, olhos, ouvidos, boca e nariz tapados.
Essas minhas lembranças vêm de 1928. Apenas 33 anos.  Mas o mar era uma novidade. Um desconhecido. Fazia-se cerimônia com ele.  Tinha-se medo dele.  Mar de 1928 era ainda o mar de Castro Alves. Soleníssimo: “Stamos em pleno mar!” Fazia medo. O mar de hoje é o de Caymmi. Abrandou. Tornou-se íntimo. Ninguém respeita.

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar...

Daquele mar do Recife, ficou uma lembrança: o cheiro dos sargaços. A quem os teve, sargaços na infância, por mais que ande, por mais feliz que esteja, faltará alguma coisa.
18/11/1961


Fonte: blog Panorama


Abraço,


PS: 

Até que escrevi a crônica da semana, Libertação, mas por prudência e para ter uma reflexão mais aprofundada a deixei fermentando, se der um pão vistoso, publico, se a massa muchar, fica apenas para rascunho.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

O Brasil recalcado

     
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    Tempos atrás eu estava lendo sobre o nazismo quando li algo sobre Elias Canetti e seu livro "Massa e poder". Comprei o livro e comecei a leitura, não li muito, mas deu para me ajudar a entender o seu conceito de Massa e algumas das formas como a Massa se forma. Elias Canetti disse em certo instante que a Massa tende a se formar e esvaziar rapidamente, como não li todo o livro, vou deixar as suas demais considerações para esse fenômeno para outro momento.

    Mas o que ocorreu no último domingo, quando toda a confusão se formou em decorrência do despacho habeas corpus a favor Lula, trouxe motivação para Luis Nassif expressar a sua preocupação em um artigo recente. Não é um artigo partidário, é um artigo que me levou à reflexão como um cidadão comum, sem desejo de se envolver perante todos os problemas institucionais e da política brasileira.

    É um dilema não saber qual rumo tomar, é um dilema imenso não saber onde depositar a minha esperança, em quem depositar minha confiança, porque confiar mesmo, não confio em ninguém.

    Mas a desesperança não é uma expressão que acolheu a minha alma apenas, ela pegou muitos outros brasileiros e não veio "pela graça do divino". Quase tudo foi fabricado a partir da investigação da Lava-Jato, foi na determinação de expurgar a corrupção e corruptores de todas as latitudes que abriu uma enorme "falha de San Andrés" (*) no tecido institucional brasileiro, a ponto de que o respeito a hierarquia na justiça brasileira não existir mais.  Temos, é o que parece, um oficial graduado mandando na graduação máxima de uma cúpula rachada e que parece, não se faz respeitar, que não usa o poder institucional diante de abusos de poder.

     O que tem isso com Massa? Tudo, cada evento como o de domingo alimenta a enorme máquina de distração. Somos uma enorme massa a serviço de manipuladores, sendo retroalimentada periodicamente, instigada regularmente para que sejamos apenas repetidores de um discurso desviante e não enxerguemos a realidade.

     Veja leitor, também no último domingo, dentro de um grupo de whatsapp, formado com um propósito definido de acompanhar o problema de um plano de saúde coletivo, só que ao ser divulgado o despacho do desembargador Favreto o pau cantou. Nesse grupo cresceu a já velha, costumeira e peculiar intolerância, um bate boca virtual se formou com "direito" a xingamentos e provocando a debandada de muitos interessados apenas no objetivo inicial da formação do grupo.

    Será que vivemos em um Brasil recalcado? Com todos os rancores saindo pelos poros? O que você acha?

    Intolerância, preconceito, rancor, inveja, frustração, despeito, ódio, falta de paz de espírito, desamor, sentimento de injustiça, desemprego, fome, violência, desapontamento ...

    O que a gente tem é um caldeirão fervendo, destilando todo ódio que uma pessoa seja capaz, uma coletividade odiando, sem ao menos saber porque odeia. Tal contexto se dá por uma razão bem sutil, mal conseguimos pensar por nós nessa quadra de afetos regressivos constantemente estimulados e bombardeados pelas mensagens de ódio de todos os naipes.

   O que disse Luis Nassif? Estamos caminhando para uma ditadura? Só o tempo dirá.

   Forme sua própria opinião, leia mais, reflita mais, pondere mais, compare as opiniões.

Abraço,



Aprofunde, leia a visão crítica deste jornalista, em uma versão mais ampla:


(*) Falha geológica existente na Califórnia, de grande risco para um terremoto de grandes proporções para Los Angeles.

     


sexta-feira, 6 de julho de 2018

De Bicão-peito de pé

    No link abaixo se verá um gol que iluminará a sua imaginação e é só, só parecido com o fenômeno ocorrido no longínquo ano 2000 no campo do Seminário.



https://www.youtube.com/watch?v=1t9_nFk4Ye8


    Amigos ouvintes, oito da manhã, tempo nublado, 20 graus, temperatura ótima para jogar futebol. Falamos diretamente do campo do Seminário. Os dois times estão postados em cada lado do campo. Só não distingo bem as cores das camisas dos times, um parece ter as camisas brancas e o outro de um amarelo desbotado.
    Começa a partida ... Zé da Loja A Paraibana dá a saída .... O time de branco ataca para o lado da pista e defende o gol da Gruta Santa Teresinha.

    O jogo corre há um tempão, lá e cá, até que ...

    Escanteio, escanteio caro torcedor, escanteio para o time de branco. O escanteio vai ser cobrando pelo lado do prédio do seminário e da estrada do Malu, no lado direito do ataque do time branco.
    
    Vejam, a defesa do time amarelo está quase toda dentro da área, desse jeito não vai puxar nenhum contra-ataque. Do time branco, ficou no grande círculo dois defensores, Zé da Corcundinha e o Galego, o Grandão está mais adiantado, o resto, todo o resto ou tá dentro da área ou na meia-lua. 
     
     Zé da Loja A Paraibana vai bater o escanteio. Ele dá dois passos para trás e fica olhando para onde vai meter a bola. Correu, bateu e a defesa corta forte, a bola viaja, viaja alta e passa por cima da cabeça do Grandão. Zé Corcundinha domina a bola, sozinho, levanta o braço, aponta para o Grandão e toca para ele. Não tem ninguém para acossa-lo. ... Tranquilidade total ... O Grandão levanta a cabeça, olha para a grande área do time amarelo desbotado e não faz nada. Amigo torcedor parece que deu uma leseira nos atletas, ninguém, ninguém,  ninguém se mexeu, nem do time do Grandão nem do amarelo desbotado, está  todo mundo parado. 
      
    Vejam torcedor, da intermediária até a linha da grande  área há um enorme espaço vazio no campo, se mexam jogadores, que isso, caiu um raio sobre vocês, foi?

    Para o narrador da rádio aqueles segundos era de um tédio absoluto, sem saber o que falar suspendeu a narração.

    Enfim, enfim, enfim o Grandão se moveu, olhou para trás e viu Zé Corcundinha mandar ele avançar com a mão. Agora vai ter jogada, ele deu uma tapinha na bola, deu outra, deu mais uma e a bola ficou longe dele, ele agora está correndo, parece um trem embalado, vamos ver, vamos ver se sai alguma coisa que preste, va...

     Finalmente saiu alguma coisa para animar essa pelada. Ela viaja rápido, tomou altura, subiu, vai é cair lá atrás do gol da rodovia, subiu ... Não, não, ela vai na direção da barra, chegando na meia-lua, na marca do pênalti, já já estará nas mãos do goleiro, o quê? .... O quê?  Mudou direção, torcedor a bola mudou de direção, continua veloz, vai .... vai ....  vai .... o zagueiro pula alto ... 

    Silêncio.

    E o microfone captou um grito de Copa do Mundo e o locutor saiu do mutismo.

    Amigo torcedor você não vai acreditar, é gooooooooooooooool, é gooooooooool, é gooooool no ângulo ... No ângulo e nem adiantou o lateral Carlos Guedes ter ficado colado no poste, a bola estufou a rede e entrou lá no L, no L de cima. 

    E éeeee ... E éeeee ... E é bola na rrrrreeede.* 

    Sensacional, sensacional, mais sensacional foi a festão do Grandão ... Sensacional torcedor, sensacional, pela minha medição o chute teve uns trinta metros de distância, e olhe, olhe amigo torcedor, foi de fazer inveja a Roberto Carlos da Seleção Brasileira, pelas minhas medições chegou perto do 100 km  por hora. Demais, demais ... demais para o futebol amador.

    Acabou a pelada e o locutor sai correndo, agora transvestido no papel de repórter de campo,

    Grandão, me conte, como é que você acertou esse chute? - E o locutor estava ansioso para saber mais sobre aquele inusitado chute.

     Ricardo, olhe, quando Zé Corcundinha me passou a bola eu olhei para frente e vi todo mundo enfiado na área, eu estava no meio do campo, dei aquela tapinha na bola, pensando no que fazer, ninguém se mexeu, você viu, né? Pois bem, nessa hora deu uma coisa na minha cabeça e ouvi alguém dizendo chuta, foi quando eu adiantei a bola, embalei e chutei.

    Mas o chute, explique como pegou? - Perguntou ainda mais ansioso o locutor - Como pegou? Bem, eu tenho uma mania de dá bicuda em bola de campo. Então eu chutei meio de bicuda e meio de peito de pé e nem acreditei quando ela virou para a direita ali no altura do pênalti.

    Foi assim? Essa foi a técnica do chute? Foi? - E o locutor/repórter deu as costas ao Grandão e disse: Sensacional, sensacional amigo torcedor, o Grandão acabou de me revelar uma nova técnica de chute, o chute de bicão-peito de pé. Sensacional, posso garantir que dá um efeito incrível, se no gol, não tem ... não tem goleiro que pegue.







  Abraço,  



* Parafraseei o memorável narrador Ivan Lima.
               
        



terça-feira, 3 de julho de 2018

Pitaco n. 1

     Pense na vontade de dizer e até contradizer os muitos comentaristas desta Copa.  Quem conhece diz, eu dou pitaco.

     Fazer o gol primeiro para o Brasil é crucial, pois o contrataque da Bélgica está muito bem encaixado.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Prorrogação na pelada da rua


Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata.... Frase de Carlos Drummond de Andrade.

     Amanhã começa o mata-mata na Copa da Rússia com perspectiva de  haver prorrogações e pênaltis. Isto me  fez lembrar de um amigo que sempre que conversamos ele diz: "Você se lembra disso?", e eu respondo, "um pouco" e o mais frequente, "não me lembro."

     Das muitas lembranças que ele me fez recordar, mesmo não lembrando de imediato, essa tem tudo haver com a esse momento da Copa do Mundo.

    Em grande parte da adolescência quase toda noite nos juntávamos ao lado da imensa igreja matriz para mais uma pelada. Na maioria dessas peladas o jogo era por um certo tempo, por exemplo: começava depois do jantar e ia até acabar a novela das nove da noite.

    Mas esse meu amigo fez a seguinte pergunta: "Lembra daquele dia que fizemos uma barra de dez? Lembro nada." Eu só lembrava de forma genérica das peladas, quase de nenhum detalhe.

     No entanto, depois da minha resposta ele se animou e aí ele começou a narrar aquele fenômeno futebolístico noturno jogado ao som fofo da bola canarinho. 

     "Foi o seguinte: naquele dia a gente marcou uma hora para jogar e no final o placar era empate, cinco a cinco. Como a gente estava de férias da escola e com secura para continuarmos jogando nós nos reunimos rapidamente e combinamos, agora é barra de dez, quem fizer dez gols primeiro ganha o jogo."

     Assim foi feito, e o jogo foi até quase onze da noite, um 10 a 9 fabuloso, jogado descalço no calçamento de paralelepípedos cheiinho de pequenas pedras a furar os pés e estropiar as unhas da gente. Mas não tinha jeito, pé sarado, estávamos lá para outra prorrogação na fantasia de uma Copa Mundo que se renovava a cada noite.

Abraço,




O poder revela ou transforma uma pessoa?

  imagem: Orlando/UOL.            Um papo na última segunda-feira entre aposentados do Banco do Brasil que tiveram poder concedido pela empr...