quinta-feira, 24 de agosto de 2023

O jogador reclamão



    Nesta quarta-feira encontrei-me com Euler, presidente da AABB Recife, e perguntei sobre o técnico das equipes de futebol society, de veteranos, que irão jogar em novembro em São Luís (MA).

    Naquela conversa curta fiz menção de um técnico que nos acompanhou e gritava em excesso. Seu nervosismo contagiava para ruim todo o time.  Disse que não chamasse mais ele.

    Aquele papo se encerrou em poucos minutos e segui para o campo a fim de olhar as peladas. 

    Quando foi ontem lembrei da minha verve de gritão, reclamão. Um chato. 

    Entre 1983 e 1984 eu vivia uma fase de grande preparo físico e isto me ajudava a ser um bom marcador.  Um zagueiro de grande vigor físico, no sentido de marcar bem e não na violência. Na fase eu era um ótimo marcador e um péssimo "batedor".

    Em certo momento nas peladas eu comecei a gritar.  Passava meia hora gritando,  como se quisesse animar o time.

    Era o que eu desejava, mas o resultado era os colegas de pelada se chateando.

    Fiquei meses nessa ladainha. Um dia jogava no gol e perdíamos por 2x0, em certo momento pedi para trocar de posição e fui para a linha.  Ainda ensaiei umas reclamações (estímulos para mim) e senti algo estranho.  Não se explicar,  sei que me calei. 

    Calado corri como sempre corria naquele fase da vida e o time, penso, com base no silêncio, sem gritos, começou a reagir.  De 2x0 viramos para 3x2 em 30 minutos de pelada.

    Futebol tem uma coisa riquíssima.  Um talento individual faz um time ganhar muitos jogos, mas é o time que ganha campeonato. 

    Dali para frente comecei a ser mais silencioso, algumas vezes chamo a atenção de forma objetiva por alguma falha, tentando não me achar superior e nem denegrindo a autoestima do colega de time. 

    As vezes vejo peladeiros do mesmo time discutindo entre si, aí, quase sempre penso: Para que esse estresse?

    Para que esse estresse? Repito a pergunta, se os peladeiros veteranos vão, na maioria, por lazer e para manter a forma.

    Por hora, é só.  Ótimo final de semana. 

    Abraço, Marconi Urquiza 

2 comentários:

  1. São realmente muito chatos os reclamões, o que "pega no pé". Em minha vida profissional, sempre procurei agradar mais os chefes legais, os que nos via como iguais. Queria que continuassem na posição. (Lúcia Ribeiro).

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