sexta-feira, 31 de dezembro de 2021
Gratidão genérica
sexta-feira, 17 de dezembro de 2021
ME DIZ, AMOR? Saudade agora tem nome.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2021
Uma cerveja antes do almoço
sexta-feira, 3 de dezembro de 2021
Hoje não tenho uma crônica
Hoje não tenho uma crônica, até tentei escrever os sentimentos que me tomaram o coração após a morte do amigo Sérgio Ribczuk. Ficou em amontoado de letras, abandonei a ideia.
Nem sei o que terei. Sem sei. Em 2007, como se quisesse limpar a alma das dores da morte de papai, em 1982, eu comecei a rascunhar um livro. Inventei tanta coisa, coloquei tanta história imaginada, pesquisei em vários livro sobre o coronelismo político e quatro anos depois, achando que a ideia estava madura, parei de escrever.
Encostei esse projeto, quase enterrei o desejo. Desde 2011 repousava em uma gaveta, ora em um armário e por fim, em um guarda-roupa todas as ideia para escrever O Último Café do Coronel.
Havia de tudo. Anotações soltas, um protótipo que imaginei que seria apenas reler e continuar. Três roteiros, uma enormidade de personagens, outro tanto de cenas e cenários. Tudo muito e tudo tão pouco.
2021, setembro. Fui reler o que escrevi entre 2007 e 2011. Na releitura, desisti mais uma vez. Mas em um dia de outubro, eu acordei com uma ideia, para minha sorte tinha comprado três cadernos, fáceis de manuseá-los e comecei. Segui uma ideia que me foi dita pelo escritor Raimundo Carrero. Por que não faz o narrador como um fantasma?
Comecei a escrever e dezoito dias depois eu concluía o rascunho de um novo livro, pareceu-me que todos esses anos a narração foi se ajustando, se juntando, se formando em alguma parte da mente. Mas não foi um livro de quem escreveu rápido, pois ele levou 14 anos e dezoito para ficar pronto. E é apenas o primeiro rascunho. Vários meses levarei para ter uma história arrumada.
Não é uma biografia, não é um romance histórico. É ficção, essa dádiva que permite mulheres e homens contarem e inventarem suas histórias e por vezes, ajudarem outras pessoas em suas vidas.
Sim, consegui finalmente largar as pesadas correntes que me prendia para falar dessa situação trágica que pegou todos da família, amigos e conhecidos e deu um nó nos corações dessas pessoas.
Por fim, um grande abraço.
Marconi Urquiza
sexta-feira, 26 de novembro de 2021
De uma hora para outra, o amigo se foi
Com saudade, a gente fica.
Com carinho, enche a lembrança,
O carinho lembra a querença.
De gente, sentimos saudade.
De gente, recebemos carinho.
Do amigo fica a querença
carinho da presença n'alma.
sexta-feira, 19 de novembro de 2021
Óculos para ver o mundo
Óculos de ler o mundo, este é o título de um livro de poesia que meu subconsciente modificou para o transformar em: Óculos para ver o mundo. A frase me encantou tanto, que ao comentar com um amigo, veio-me à mente a capa desse e-book, e mais, o sentimento de tentar ver o mundo com outros olhos. E, agora, ao escrever, percebi que tinha modificado a frase. Se ele for procurar o livro por este título não vai achar.
Óculos de ler o mundo x Óculos para ver o mundo. Tudo tão diferente. Minha subjetividade modificou completamente algo tão objetivo quanto o título do livro.
Vamos imaginar o seguinte: Descemos ou saímos para a calçada e nesse momento passa um carro vermelho, digamos que seja um Ferrari, nem se precisa saber qual o modelo. O carro é um ícone de esportividade. Como objeto, ele é facilmente identificado. Tudo muito objetivo. Depois disso é só subjetividade, podemos pensar que é de uma pessoa rica, podemos imaginar que o dono ou dona, seja uma pessoa vaidosa ou mais que isto, também exibicionista.
Uma pessoa se associa a um clube pensando em praticar esportes, o homem prefere o futebol e sua esposa irá à natação. Ela se entrosa com outras mulheres e nos intervalos conversam sorrindo, ele joga com vinte outros homens. Ora dá um bom dia ou boa noite, termina o seu exercício, recolhe os seus objetos e vai para casa. Alguém pode dizer naquele grupo onde joga que “ele não gosta de se enturmar”. Talvez não pense que tenha “dificuldade em se entrosar”, que implica, se doar. Há pessoas que simplesmente não querem. A subjetividade rola total.
Ao acordar de um sonho, onde pegava uma carona, nada menos que com Paul McCartney, em que ele pilotava com total imprudência, em alta velocidade e terminava sendo preso por isso. O que essa mensagem tem a me dizer? Acordei tentando achar qual é o recado do meu subconsciente. Onde estará a objetividade dentro da subjetividade do sonho?
Nós todos somos levados pela subjetividade e precisamos estar atentos. Nem sempre será possível, mas se precisa ter uma atenção permanente, porque há pessoas, grupos, profissionais todo o tempo tentando captura-la e não é na porrada, é na sutileza. É entendendo o que valorizamos, o que gostamos, o que sentimos. Nem requer que tenhamos consciência disso tudo, estes e vários outros aspectos rodam em nossas mentes no modo automático. Modo que abre as portas para que a subjetividade seja sequestrada.
Se o título do livro é Óculos de ver o mundo e disse antes, não foi a primeira vez que alterei para Óculos para ver o mundo, qual foi a razão para eu modificar?
Posso tecer várias explicações, achar uma que eu aceite como a mais “lógica”, n entanto, ainda não sei a razão que mudei o título. Pode ser que ao ler tenha feito, sem prestar atenção uma interpretação e alterado a frase para que ela justificasse o que pensava naquele momento e até mais, o que sentia.
Posso afirmar, sem ter certeza, que a minha subjetividade modificou a frase porque era esse o sentimento que tinha há três meses, quando vi a capa e li ao título pela primeira vez.
Que se precisa de óculos para ver o mundo com as suas nuances, com todos os tipos de pessoas, com as dores e alegrias que rolam por aí. Com todas as necessidades e suportes que as pessoas precisam nos seus sufocos de vida.
Ou se ter de usar Óculos de ler o mundo para capturar e entender todas as sutilezas que os olhos em estado normal são incapazes de notar.
Vou parar por aqui, já filosofei demais, e mais que isso não sou capaz de escrever. Para encerrar, vou repetir uma frase que capturei de um livro de Gilberto Freyre e uma estrofe de um poema que escrevi:
Não foi tanto, decerto! Mas foi quanto.
se abriu para querer e o
resultado é mais que
uma soma percebida
é mais uma conta sentida, ...
Abração,
Marconi Urquiza
sexta-feira, 12 de novembro de 2021
Um benfeitor silencioso
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