sexta-feira, 10 de maio de 2019

A boa impressão do deserto

O que um deserto poderia ensinar,  é o que estou tentando entender.

     Quando o avião passou da metade da viagem, vindo de Santiago do Chile, começamos a ver uma terra seca à perder de vista. Terra seca, nenhum pé de qualquer planta.

    Saímos do aeroporto de Calama (Chile) e comecei a olhar a paisagem.  Metade igual, metade diferente.  A primeira metade; uma imensa planície; a segunda metade,  montanhas; para ficar tudo igual; um imenso deserto. Estávamos no Atacama.

     Entramos em San Pedro de Atacama, um pequenino, pequeníssimo oásis regado pelas águas do desgelo. A Cordilheira dos Andes está a um beiço de distância.  Vi até os contrafortes dessa imensa cadeia de montanhas.

     A cidade, na parte turística é propositalmente rústica,  de terracota, arenito.  Daquele barro amarronzado. Todas as resistências e prédios comerciais têm a mesma tonalidade ocre.

    Nos bairros já há ruas pavimentadas,  parecendo uma cidade normal.

    Alguns trechos desse deserto me fizeram recordar partes de Pernambuco,   na região de Betânia e no Rio Grande do Norte, após Macaíba, até as proximidades de Assu. Onde praticamente só se vê o solo pedregoso ou desnudo e nenhum pé de gente.  Muitas vezes se avista,  de gente viva, só alguns bodes entrincheirados nas encostas de pedras à procura de comida.

    Aqui no Deserto de Atacama não tem nada, mal se olha para alguns arbustos,  bichos, nenhum à  vista. Dentro da cidade o maior rebanho é o de cachorros de rua. Mansos, gordos e cevados pelos vizinhos.

     Mas tem uma situação que gostaria de estudar. No meio do imenso Salar de Atacama se criou um roteiro turístico de sucesso.   Brasileiro aqui dá na canela, estrangeiros de outros países também.

    É o turismo da rusticidade,  de aventuras,  de trekking, das visitas aos vulcões e de conforto mediano.

     Esse roteiro turístico é azeitado. Vários hotéis, restaurantes, hósteis, uma quantidade enorme de vans para dar suporte as dezenas de passeio.  Dá até para identificar  ações do Chile ou da província de El Loa nos cuidados com as estradas não asfaltadas, as que levam às opções turísticas.

    Resta saber se San Pedro de Atacama se criou sozinha e só  depois recebeu o apoio governamental, tal como ocorreu com balneário de Porto de Galinhas em Pernambuco, ou foi uma criação de uma estratégia magistral de governo para propiciar o auto sustento para uma população que demandaria recursos públicos em várias frentes e ainda obter receitas com os impostos através do turismo?

     Pelos menos para mim, em San Pedro de Atacama se criou um modelo de economia local, talvez regional, difícil de imaginar que teria tanto sucesso.

Abraço, bom final de semana.
Marconi Urquiza
  
    
    

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Uma interpretação difícil. Invenção de Orfeu

Invenção de Orfeu, este é o titulo do poema épico do alagoano Jorge de Lima. É um único poema do
livro homônimo.


Comprei um da primeira  edição de uma coleção (ex-libri) desmanchada. R$ 5,00. O frete ficou mais caro.

Estava motivado por um dos programas Globo News Literatura da série Cidades Literárias.   Neste programa apareceram Quebrangulo, Palmeiras dos Índios,  União dos Palmares (Onde nasceu Jorge de Lima) e Maceió. Estas cidades ficaram ao lado de outras tantas renomadas: Rio de Janeiro, Nova Iorque, Londres, Buenos Aires, Santiago. 

Todas eles tem algo em comum. Grandes escritores nasceram, ou nasceram e viveram; ou apenas viveram a maior de sua vida. Não por coincidência, pois o Rio de Janeiro atraia a maioria dos escritores de renome desde o império até o fim da cidade como capital do Brasil. Graciliano Ramos e Jorge de Lima viveram nela.

Você não sabe como fiquei feliz que ao ligar a TV no programa fui vendo as imagens de Quebrangulo, onde nasceu Graciliano Ramos, com o andamento dos programas Palmeiras dos Índios, União dos Palmares e Maceió foram aparecendo, das quatro só não conheço União dos Palmares.  Reconheci as ruas estreitas de Palmeiras e de Quebrangulo e por causa desta cidade eu viajei nas minhas recordações para rever quando vi pela primeira vez a linda fazenda da família Goes e até o palacete que hoje é a prefeitura da cidade, salvo engano, foi da família Felino Tenório.

No mínimo eu me empolguei, do Velho Graça eu já havia lido vários livros, mas de Jorge de Lima nada, apenas ouvi na TV, de modo fugaz, uma linda estrofe de um poema dele. Por causa dessa lembrança e comprei o seu livro mais famoso: Invenção de Orfeu. 

Aí chegou o livro, capa de couro, soltando a tinta marrom. Edição de 1952. Comecei ler.

A leitura não foi fácil.  Pouca rima. Uma linguagem para iniciados em outros poemas épicos.  Em alguns momentos interpretei que se referia a epopeia da história brasileira desde antes do descobrimento. Grosso modo: dos heroicos portugueses aos bandeirantes desbravadores.

No meu caso, quando leio algum poema ou poesia eu busco a musicalidade, então saí procurando as rimas, há bem poucas , até que esbarrei nesta estrofe:

Mesmo sem naus e sem rumos,
mesmo sem vagas e areias,
há sempre um copo de mar
para um homem navegar.


Animado eu  prossegui lendo várias estrofes, mas em certo momento o que lia não fazia nenhum sentido para mim e eu não achei mais nenhuma estrofe musical, teimoso, continuei lendo até metade das 400 páginas, terminei parando. 

Parei, mas sobrou uma dúvida, uma questão de interpretação.

Anotei: "Um copo de mar ..." Me pus a interpretar, quando um indivíduo se lança em uma epopeia ele vai por qual motivo?

Então,  como interpretar esta parte do poema?

Mesmo sem naus e sem rumos,
mesmo sem vagas e areias,
há sempre um copo de mar
para um homem navegar.

Vou ajudar para encontrarmos uma resposta, trata-se do que:

Esperança ou perseverança?

Sei que a resposta não é simples, vou colocar um link desta parte, quem sabe ajudará a encontrarmos uma resposta.


Abraço, Marconi Urquiza












quinta-feira, 18 de abril de 2019

Montando no Cavalo da Saudade

Não tenho habilidade para ser lírico, transformar lágrima ou alegria em poesia,  história de vida em causo.

    Hoje com a morte de Aldemar Paiva (outrora famoso apresentador de Rádio,  TV e escritor) fui buscar na internet coisas sobre ele, seus causos e fui me deparar com uma homenagem feita por Rolando Boldrin a Luiz Gonzaga e nessa homenagem Boldrin fala de um texto de Aldemar Paiva que nele pesquei um pequeno trecho que dizia assim: " e Luiz Gonzaga montado no cavalo da  saudade foi visitar Exu da sua infância por um dia após pedir a Deus permissão."

Assim escrevi a minha viagem montando no cavalo da saudade. 

MONTANDO NO CAVALO DA SAUDADE

No mês passado eu montei no Cavalo da Saudade,  você já montou um algum dia?

Pois é,  montei no Cavalo da Saudade,  um alazão castanho e de pelo brilhante, manso e baixeiro que nem parecia cavalgar, parecia flutuar de tão baixeiro ao galopar.

Pois é,  montei no cavalo e me vi carregando as minhas chuteiras nas pontas dos dedos,  deixando a farmácia de papai com os empregados para não chegar atrasado nos treinos.

Subia a Rua da Lama cheio de esperança e  expectativa, era sempre assim,  quando chegava ao campo da ABA - Associação Bonconselhense de Atletismo, eita campo careca, poeirento,  mas quem se importava, jogar futebol, jogar bola bola era o máximo, era arretado.

Sabe,  lá pelas cinco e meia da tarde,  descia a ladeira do Alto do Colégio das Freiras e ia novamente para a farmácia,  tomar banho pingado. Chegava lá no fundo do prédio e ia para o banheiro rústico,  com a porta cheia de frestas e que era um tormento para um adolescente emplumando e então lavava a cara, a cara mascarada pela poeira do campo da ABA e saia com sabão no cabelo pela pouca água que caia do chuveiro.

Pois bem, montei de novo no Cavalo da Saudade cheguei lá em casa e vi a mesa posta e todos nós sentados ao seu redor, meu pai na cabeceira,  eu na outra, meus irmãos dos lados,  junto a papai estava minha mãe e de repente havia um silêncio, um pequeno silêncio como se agradecesse a Deus,  mas nada se dizia e então começávamos a nos alimentar.

De repente ouvi seu relinchar e saí para a calçada, estava lá a turma brincando,  jogando bola no pátio da igreja, correndo pelas ruas ladeirosas brincando de se esconder e quando, e quando desciam as belas filhas de nosso vizinho toda a meninada, em um obsequioso respeito a gente parava se jogar, disfarçando a paquera e lançando olhares gulosos em direção das meninas.

Mas o Cavalo da Saudade,  eita alazão formoso, e eu montei nele sem destino certo. Passei pelo Colégio Estadual Frei Caetano de Messina,  o Colégio do Frei Dimas e senti novo aquele orgulho em vestir a camisa de tecido fino com escudo do colégio no bolso, mas ali foi uma parada rápida,  é que  com uma velocidade alada voei com o Cavalo da Saudade e a cidade sumiu, tão alto, tão alto fomos  e de repente o tempo também voou, olhando para baixo fui vendo aparecer a Praça da Matriz, nela muita gente passeando, muitos jovens paquerando e então o Cavalo da Saudade foi devagarinho se aproximando e me deixando pertinho da primeira paixão, daquela ebulição de sentimentos,   daquela energia de se construir um mundo.

Aí eu apelei, alisando as crinas lisas e sedosas, disse: - Cavalo da Saudade me leve para o presente.

Aí o Cavalo da Saudade olhou para mim, relinchou suavemente, e antes de me trazer de volta me levou à Praça  João Pessoa, de longe fui divisando seis amigos conversando e quando me aproximei, um deles saiu ligeiramente para me receber e nem disse nada, baixou a minha cabeça e a do meu irmão e nos beijou e o Cavalo da Saudade, levantou as patas e saiu em disparada e naquela viagem ultrassônica cobrou de mim:

     - Hoje eu fiz um favor,  você me achou com Aldemar Paiva, essa viagem foi curta, espero que me chame  para outro passeio antes que alguém morra.

Aí na volta eu fui cantarolando Arreio de Prata de Alceu Valença;

"Meu cavalo dos arreios prateados
E a namorada, muito amada, agarrada na garupa
Me protegendo dos malefícios da vida
E agarrada, muita amada, na garupa do cavalo ..."

A viagem foi tão rápida que não dei conta e de repente montado no Cavalo da Saudade estava teclando estas palavras e amando a vida.

Abs, Marconi.

04.11.2014.

Obs:
Deduzo esta como uma daquelas pérolas misturadas entre a enormidade de papéis que rabisquei como ofício de escrever.

19.04.2019

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Campeãos

     Em 1991 foi organizado um tornei de Futsal comunitário na AABB em Caraúbas.
     Esta época era o tempo da caça aos marajás no governo Collor. Por isto e por outras coisas históricas a comunidade nos via com pouca simpatia.
    Organizado o torneio entramos com o nosso time, faz tanto tempo, que penso que não tínhamos reserva.
     O goleiro foi emprestado da cidade.  O time era assim: Militão, o pivô, os dois alas; Luiz Augusto (craque no salão), Josafá e eu de parado.
    Não lembro se a rádio da cidade divulgou o evento.
    Por aqui, acolá, fomos chegando e chegamos à final.
    Dia da final, ao redor da quadra, sem arquibancada, estava cheio, toda a cidade torcendo pelo time que iria jogar conosco.
    Os torcedores a favor, bem poucos, apenas as nossas esposas, ainda assim, super discretas. Assim mesmo.
    Começou o jogo; em certo momento levamos um gol.  A torcida vibrou.
    Não  nos afobamos, continuamos jogando.  Ocorreu que o pivô deles, alto, hábil, tinhoso, jogava se escorando no parado, tomou um tombo.
      Não sei se antes do nosso empate, mas certeza, antes do segundo gol.
     O cara era da minha altura, jogava às costas no meu peito.  Era o craque, veterano, do nosso adversário.  Jogador poderoso.
     Lá veio a bola de lateral, o filho da mãe se escorou em mim e eu me apavorei. Comecei a desenhar o novo gol, acho que uma intuição anulou aquele pivô. Dei um passo para trás e ele desabou sentado na quadra. O inacreditável ocorreu, sumiu do jogo.
     Militão empatou.
     O jogo era mordido, um lá e cá medonho,  já no finalzinho, Militão, 1.80 m, passou por meio time e fez o segundo gol. Se eu fosse descrever estava vendo um virtuose.
     Ganhamos, campeões, fui cumprimentar Porquinho, meu colega do Sport Club Caraúbas e ele estava em uma tristeza só.
     O tempo é ingrato, trabalhamos a semana inteira, parecia não haver foco,  mas estávamos concentrado.  Ao tomarmos o gol, não houve discussão, mas um revigorar das nossas vontades.
     Luiz Augusto que conhecia salão como ninguém nos organizou. Naquele time havia zero de vaidade,  Cem de união. 

isso.

Não,  mais isso.

Não havia nem medalha.

Era um querer, Vencer.

Marconi.

     

sábado, 6 de abril de 2019

Estou obsoleto

Foi assim que me senti há  cerca de três meses quando pensava a respeito da tecnologia da informação: estou obsoleto.

Nesta época eu completava três anos e meio de aposentadoria.  Foi uma contastação ruim, pois durante grande parte da vida profissional eu era  capaz de discorrer com propriedade sobre vários temas.

Eu estava, sem perceber, entrando em uma síndrome que acomete os aposentados, a perda de sua relevância relativa no seu entorno e a pior de todas, a sua auto referência nesta sociedade que acelera constantemente.

Leitura, faço, leio sobre economia, sobre política, sobre eventos literários, vejo documentários, entrevistas e por aí vai. Para que tudo isso? Para saber do momento e formatar uma percepção.

Mesmo assim é uma tarefa difícil pelo aspecto de ter objetivos. Antes a força e a pressão do trabalho me levava a estudar as concepções da Ciência Administrativa e da Liderança mais aqueles outros temas, mas hoje esta pressão não existe.

Aí eu comecei a buscar alternativas, quis ser professor, mais o mestrado é pouco, precisa-se dominar mais de uma disciplina e ter o network. Atender a primeira exigência foi um esforço que durou pouco  e a segunda inexistia. Parei.

Fiz vários cursos e tentei uma nova profissão, ser corretor de imóveis, depois de sete meses parei.  Não me identifiquei com ela.

Durante vinte anos eu tinha "o desejo" de escrever um romance de ficção, intenção que iniciei com um rascunho chamado Decisão de Matar, iniciado em 1999 e interrompido dois anos depois sem conclusão.

Em março de 2016 eu escrevi um pequeno texto e o acomodei sobre uma estante, mais alguns dias depois aquelas palavras começaram a me cobrar continuidade.  Depois de seis meses de um desejo de me ocupar virou um projeto e como projeto tinha tantos furos quanto uma peneira.

Imagine a dificuldade de fazê-lo andar.

O quero dizer com toda essa peroração, que as pessoas se preparem para se aposentar desde cedo.  Primeiro a grana, junto prepare projetos para uma vida que lhe dê sentido nos últimos anos de vida.

Sabe, a ansiedade acaba com a grana e com a saúde.

Além do mais, junto a estes projetos coloque foco na atividade física, regular, faça que nunca mais você abandonara. A saúde vai responder com alegria.

A história do livro ainda continua, agora como um projeto regular, para publicar até dezembro.

Estou naquela fase de enxugar o texto, buscando me inspirar em Graciliano Ramos, "Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício."

Abraço a todas, abraço a todos.

Marconi Urquiza
Agora posso me intitular, escritor.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

2019 - Para você escrever um livro

"Quem puder me sugerir, criticar ou apenas opinar me fará um enorme favor." 


Amigos leitores dei uma olhada ontem para ver quando iniciei este blog. A primeira crônica foi publicada em 23.12.2016. Ao longo destes dois anos eu publiquei 79 crônicas e deixei em rascunho outras 69.

Umas poucas crônicas foram lidas por milhares de leitores e leitoras, a maior parte foram lidas por dezenas. Uma turma fiel.  Inúmeros feedback foram dados por meio do whatsapp, bem poucos aqui mesmo no blogger.

Sinto que estou me repetindo, escrevendo texto sem cor, pálidos e sem calor. Preciso tirar umas férias deste ofício semanal e buscar novas ideias, uma linha de assunto. Quem puder me sugerir, criticar ou apenas opinar me fará um enorme favor. 

Dia desses eu publiquei no Linkedin um texto falando da minha vivência no esforço para escrever um livro, para minha surpresa tive mais leitores que esperava, então eu pensei, muitos querem escrever um livro.

Por que tantos se interessaram? Por querer contar a própria história, inventar uma história, trazer um ponto de vista ou simplesmente por desejarem? O que parece é que escrever um livro é uma vontade de muitas pessoas.

Vamos partir da premissa que os leitores da postagem Escrever um Livro (Linkedin) sejam escritores amadores. Assim, o que vou opinar é a percepção de outro amador.

Para escrever um livro é  necessário ter atenção a algumas obviedades. Por exemplo: Pensar em um enredo. Ter aquela ideia básica do que deseja escrever, mas não comece  escrever sem ter pensado no final dele, pois seu rumo ficará à mercê do acaso e tenderemos a perder esse referencial se não  soubermos aonde queremos chegar. Dica de Milton Hatuom

Outro obviedade é ter o domínio da língua, conhecer a parte da gramática que vá lhe facilitar a escrita conforme o tipo de livro que deseja escrever. Aqui a lição é de Othon M. Garcia.

Se for escrever algo técnico e você tiver domínio do assunto, faça um sumário, desça em detalhes e a partir dele comece a juntar o material de apoio, a bibliografia. Igualzinho a um trabalho de conclusão de curso. Aprendi com o mestre Umberto Eco.

Para escrever ficção vale o mesmo, se puder, imagine cada parte do livro, cada cena, cada cenário, cada personagem importante para o livro. É o que leciona Raimundo Carrero.

É difícil fazer isso, pois exige muito de um escritor amador, melhor é contar uma história. Foi o que fiz, não sabia fazer tal preparação, mas queria contar uma história, então imaginei a história e me pus a escrever. Pelo que sinto, não é o caminho mais fácil, mas saiu.

Escrever um texto, por exemplo, uma crônica exige que o escritor esteja ligado no seu entorno. Que tenha um cabedal de boas leituras, tanto na quantidade, quanto na diversidade e de modo especial na qualidade. 

Afora estes pormenores, para escrever com regularidade se exige mesmo é muita vontade, uma tesão inigualável para mover você todo dia. Mas a tesão só não basta. 

Escrever exige tempo, disciplina, domínio da técnica. Por não dominar a técnica eu tive as maiores dificuldades que se possa imaginar, então, conheça previamente a técnica do tipo de escrita que quer fazer, pois aplicando ela no momento da escrita a sua vida será enormemente facilitada.

Não se distraia, pois este é uma falha enorme, um dificultador imenso quando você for revisar o que escreveu, poderá encontrar, como encontrei na minha vivência de escritor amador uma vaga, uma vaga ideia do que queria dizer, as vezes tão vazia que não faz nenhum sentido. Tal realidade tem uma implicação imensa no contexto da revisão, torna o trabalho lento e cansativo.

Não deixe de fazer cursos a respeito desta etapa, como o UNESP: Preparação e Revisão: o trabalho com texto ou Gramática para preparadores  e revisores de texto. São cursos online. 

Por fim, ache seus leitores ideais (Stephen King), que são aquelas pessoas que você sabe que são criteriosas e lhe farão comentários para melhoria do seu livro. É opinião de um leigo, com a visão de um leitor comum. É um feedback muito importante.

Para encerrar vou anexar uma pequena bibliografia, ademais, agradeço aos meus leitores o tempo despendido semanalmente.

Abraço, Marconi Urquiza

Cursos de preparação online:

Bibliografia técnica:
     Incluirei alguns livros para serem lidos na ordem da sua apresentação. Pois obedecem a uma lógica que seja: primeiro conhecer a língua e a linguagem, depois a forma como um escritor deve se preparar para o ofício e a depuração, o refinamento da técnica para um trabalho profissional:


Resultado de imagem para comunicação em prosa moderna  
Este livro oferece um estudo dirigido ao leitor para o conhecer e seu aprimoramento como escritor à partir da base gramatical orientada ao ofício de escritor. O livro, por si, é quase uma pós-graduação.


Resultado de imagem para a preparação do escritor   Resultado de imagem para a preparação do escritor

Este dois livros de complementam. O primeiro é voltado para a formação do escritor, o segundo também é, mas voltado à construção do texto literário e de seus componentes. Os segredos da ficção é um livro que foi concebido à partir da oficina de escrita criativa do autor.


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Neste livro Mário Vargas Llosa trás toda a sua experiência como escritor renomado, propiciando ensinamentos que possibilitam um escritor em construção entender a técnica do romance moderno.


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Este livro é um refinamento para o trabalho do escritor, embora seu exemplos sejam todos do cinema. Nele encontramos ensinamentos que vão além da boa técnica literário e da linguagem. Há neste livro lições de como o escritor deve construir um livro que atraía o leitor deste a primeira página. O conhecimento de suas técnicas facilita a escrita de uma boa e atraente história.


Como narrar  uma história: Da imaginação à escrita:  todos os passos para transformar  uma ideia num romance ou num conto

Tanto este livro, quanto os demais da coleção são livros básicos, mas muito instrutivos. Se eu puder recomendar, toda a coleção pode ser utilizada como  uma obra de referência para verificar se o rumo de um livro de ficção estar correto.

ROMANCES ESPECIAIS:
Alguns romances que reputo como magistrais, que nos ajudam a escrever um livro de ficção. Mais que uma leitura, se deve estuda-los.

      O Vento Que Arrasa  Crônica de uma Morte Anunciada  












    

       

O poder revela ou transforma uma pessoa?

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