quinta-feira, 19 de setembro de 2019

No princípio era a Palavra*

Pensei que era castigada pela palavra; não,  não era, era pelo que ela representava.   

                      *  *  *

Trago um recorte do mais recente livro de Raimundo Carrero, Colégio de Freiras, tão pequeno e tão encorpado.  Denso até umas horas. Trago pela razão típica desse mundo atravessado pelas redes sociais.  Das palavras fortes, fortes ou rudes?

Rudes ou fortes?

Diz a personagem Vânia no recorte: Pensei que era castigada pela palavra; não,  não era, era pelo que ela representava.

Eu li por aí, acho que é de Jean Paul Sartre, não nesta ordem, mas no significado: As palavras têm consequência.

Hoje, mais do que nunca, com a velocidade das redes sociais é tanta gente arrotando,  bem que poderia ser vomitando palavras, sem se preocupar com as consequências e, o pior dos fenômenos,  há inúmeras  pessoas que que sequer lêem o que está escrito,  basta vir de algum conhecido já espirra no ventilador.

Voltando ao pensamento da personagem Vânia: Palavra,  pelo que ela representa.

Sabe, muitas pessoas, bem antes de agirem, em algum momento expressaram pensamentos malévolos. 

     Agora imagine!

     Alguém tem um séquito ansioso para ouvir a sua palavra (uma revelação!!??) e é seguido nas redes sociais,  dentre os seguidores a quem o admira. Tais revelações chegam como se autorizasse liberar toda a ruindade de dentro de si, depois dana-se a fazer maldades com outras pessoas.

Todos sabemos: palavras machucam.

Quem estimula outro a agir, no mais das vezes sai ileso,  para àquela pessoa que agiu a palavra tem enorme consequência, ainda mais, para a vítima.

Já pensou que se esse monte de gente que é  atingida pela maledicência intencional ou inconsequente resolvesse, em vez de se vitimizar, ir atrás do agressor?

Ainda bem que ainda resta alguma civilidade no Brasil.

Abraço,
Marconi.

(*) João: 1.1

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Se mentir mais, o tambaqui muda de cor


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Lembrança do Amazonas.

Nada ocorria, nem havia aquelas marolinhas de algum peixe peidando. Para não ficar muito monótono peguei a vara e lanceia-a no rio. Minutos depois começou a brincadeira.

Senti um leve toque na vara e fiquei atento, a linha deu um leve esticão e depois afrouxou e aí pensei: Porra, perdi a isca e quando puxei a vara vi que o anzol havia sumido, a linha estava cortada.

Olhei ao redor com toda a atenção, não havia perigo à vista, mas ainda me preocupei se uma sucuri ou um jacaré não estavam a fim da minha carne, então, magra. 

Desapontado amarrei outro anzol, coloquei de novo na água, olhei para todo lado e tudo estava muito calmo, calmo demais, minha atenção só foi crescendo, desconfiava como burro teimoso e já estava crente que voltaria para casa sem nenhum peixinho e sem nenhuma história, o que era pior.

Anzol na água, redes esticadas, voltei a aguardar a boa sorte para ver se um peixe fisgava a isca, mas nada, nada de peixe.

Mas naquela preguiçosa expectativa eu olhei para a linha da vara, ela começou a esticar, esticou mais, então eu dei linha para o peixe, mais, só que o peixe não se mexia na água, então comecei a recolher o anzol, dei um pequeno puxão e a linha não se moveu. Dei nova olhada ao redor, me enchi de coragem. Sem ver nenhum sinal de um animal grande amarrei a vara no barco, mergulhei pela frente dele e segui a linha.

Meio metro dentro do rio, vi que a linha estava presa no motor, no outro lado de onde estava sentado, aí eu senti algo me olhando, quando me voltei vi o peixe paradinho debaixo da proa, em um cantinho, se protegendo da rede e dos anzóis.

Fiquei alguns segundos mirando ele, ainda com um restinho de folego vi quando mexeu a boca e começou a falar.

Como eu não disse nada, a assistência quis saber o que o peixe havia falado:
- Falar, ele não falou, mas olhe Rubem, quando o peixe piscou o olho esquerdo nadou mais um pouquinho, ficou meio de lado, levantou a nadadeira e me deu o dedo e gesticulou como se dissesse: "Vai tomar no cú".

Aquilo foi estranho, aí eu tive certeza que aquele tambaqui rosa tinha amarrado meu anzol no motor do barco.

- E tem tambaqui rosa? Saiu a pergunta em coro.
- Ter, não tem, mas com aquela inteligência é capaz do pai daquele desgramado ser um boto cor de rosa.


Inspirado em uma conversa de um pescador.

Abraço, Marconi,

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Saudade à prestação


         Zefinha, Cida e Tonca (filha de Zefinha e Basto)

Você prefere uma saudade matadora ou uma saudade à prestação?



Lá pelo distante 1995, precisamente em 15 de agosto eu cheguei em Maringá - Paraná, era um dia quente, contraditório para mim, crente, piamente acreditando que encontraria um dia torando de frio, estava com 30 graus. Dia 16 eu entrava, como gerente geral do Banco do Brasil, no prédio da agência de Barbosa Ferraz, Paraná e fui descobrir que eu era visto com o biotipo baixinho e de cabeça chata, bem, virei O Nordestino Big Size (título de uma crônica).

Tudo era novo, toda novidade era possível. Eu olhava atentamente para todo o que via, a geografia, o plantio que parecia não ter fim foi o que primeiro chamou a minha atenção, também carregava nos meus ombros o recado do meu chefe, contrariado por ter perdido a indicação de quem seria o gerente daquela agência. Talvez, talvez carregasse em sua alma todo o preconceito contra o nordestino, então aquele saco que poderia ser um fardo foi um alerta. Olhe o que ouvi: Aqui é assim, se em seis meses não der certo volta do mesmo jeito para lá (o nordeste). Até pensei naquele dia, "o que é isso, não dei em minha mãe." 

Quatro meses depois eu fui buscar a minha família em Curitiba e os levei para Barbosa Ferraz, aqui começou um convívio intenso e amigo. O caseiro da AABB  nascido em Palmeira dos Índios-AL e estava lá desde 1959, a sua esposa, paulista, era filha de cearenses.

Em pouco tempo, minha esposa já tratava Zefinha como a "minha mãe paranaense". Ela e Basto foram inestimáveis para a nossa adaptação naquele começo no Paraná. Cuidaram dos nossos filhos com todo o carinho e atenção. 

Neste mesmo período travamos amizade com outra família, Madalena e Adão. Amizade perene como a de Zefinha e Basto.

Saí de Barbosa Ferraz para poder estudar, de lá seguimos para Terra Boa e o convívio sumiu e os contatos foram ficando cada vez mais demorados, até que se encerrou, aí a internet religou Madalena e Zefinha com Cida, minha esposa.

Em 2003 eu voltei para Pernambuco, os filhos uns meses depois e Cida voltou no final do ano. Em 2004 foi a última visita que fizemos ao Paraná. Mais de 15 anos.

Tivemos amizades intensas nas três cidades que moramos no Paraná, Barbosa  Ferraz, Terra Boa e Araruna. 

Tivemos jantares, almoços,  caronas,  uma enorme atenção e carinho sem fim e uma saudade de todos matadora. 

Não posso esquecer dos inúmeros amigos e amigas que Cida fez com os colegas da faculdade em Cianorte, os quais nos receberam imensamente bem neste retorno. Algumas pessoas das três últimas cidades citadas já nos encontramos desde que saímos de lá, menos a turma de Barbosa Ferraz. A fotografia que ilustra esta crônica espelha o carinho e o afeto que temos por aquelas pessoas amadas.

Até que um convite para um casamento da filha de outro casal muito amigo, Maris e Sérgio nos tirou do imobilismo. 16 anos depois da nossa saída a gente voltou para o Paraná e fomos rever amigos muito queridos, com uma inadimplência feroz, pagamos a primeira prestação dessa saudade.



Abraço,
Marconi 



quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Impasse na CASSI - Uma interpretação

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Fonte: educacaofisica.seed.pr.gov.br


No ano passado por ocasião da primeira consulta para alteração do estatuto visando, como foco primordial, ajustar o modelo de custeio da CASSI um grande movimento de oposição se gestou com a adesão de viés espontâneo espalhada pelo Brasil inteiro.

Eu participei do primeiro Não ao fazer uma análise com profundidade das alterações propostas para o estatuto, descobri e revelei por meio desta Crônica na Sexta algumas armadilhas para os associados.

Ao ouvir uma explicação naquela oportunidade de uma autoridade da CASSI, quase por acaso eu notei uma discrepância entre a forma de comunicar a necessidade da medida de alteração do modelo de custeio e a projeção dos resultados financeiros após a implantação das alterações. Tal situação gerou dúvidas, para aclara-las eu fui estudar a parte financeira que projetava um horizonte curto de solução, aí incluído um valor expressivo de redução de despesas sem que um plano para tal fosse mostrado. Havia um descompasso enorme neste aspecto.

 A conclusão que cheguei ao terminar esta parte da análise foi: Tem furo naquelas contas. Por causa dessa percepção todo o resto ficou sob suspeição, então me dediquei a estudar todo o estatuto e a proposta de sua alteração, me utilizei dos recursos intelectuais e da internet para fazer as interpretações. Empreguei como apoio na análise a metodologia científica Análise de Conteúdo, um método aprimorando pela cientista francesa Laurence Bardin que estuda ao longo de um período escolhido um grupamento de comunicações formais e/ou não formais.

 Foi quinze dias de dedicação exclusiva, cujas anotações em resumo eu inseri em duas crônicas.

Dois pontos ficaram patentes na campanha 2018, todo o foco da comunicação foi para o aspecto financeiro, o aspecto legal, de grande relevância esteve propositalmente desfocado. O segundo ponto, a tática ou estratégia do confronto, quanto mais briga, menos se discute o essencial e assim se prosseguiu até sair o resultado final. O filtro comunicativo foi uma marca daquela "campanha" pelo Sim.

O tempo passou, as dificuldades no gerenciamento da CASSI só cresceram, então, me parece, todos os recursos tecnológicos, de gestão, de negociação foram efetivamente sendo colocado em prática e aquele resultado de economizar que parecia apenas uma promessa de campanha começou a acontecer.

Então veio a segunda consulta (2019), as "pegadinhas" das alterações estatutárias também apareceram. Lembro ter pedido a um amigo que me enviasse a proposta do novo estatuto antecipadamente para eu fazer uma leitura. Bem, tal proposta só foi divulgada quando a campanha estava aberta e aí, muitos foram em cima do que estava escrito e fizeram outra campanha pelo Não.

 Dias depois do resultado ter sido divulgado em maio deste ano eu conversei com um colega sobre as duas campanhas, lembro que disse-lhe na ocasião que interpretava o resultado da segunda "derrota do sim" como uma herança pela forma como a campanha da primeira tentativa de alterar o estatuto havia sido conduzida e, que, por causa dela se desenvolveu uma desconfiança cavalar nos associados para tudo que vinha dos gestores da CASSI que se comunicavam conosco, especialmente pela leitura corrente que as propostas apenas atendiam aos interesses do Banco do Brasil.
      
Uma das minhas interpretações para o fracasso das consultas é que a diretoria eleita meses antes da primeira consulta em 2018 colocou a sua cara no projeto e, possivelmente, não se inteirou do conteúdo da proposta a ser apresentada naquela ocasião. Levando-me a interpretar que acreditou que o seu capital político conquistado na citada eleição lhe daria respaldo para bancar as alterações estatutárias além da mudança do modelo de custeio.

Senti na ocasião que havia um clima favorável para rever o modelo de custeio, me pareceu que esta medida corria quase consensual na consulta de 2018 e porque em 2019 houve contestação deste "consenso"? 

    Não tenho resposta.

Abraço,
Marconi Urquiza

      

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Doente de Banco


Neste semana li um artigo cujo título me fez voltar 13 anos em minha vida. Parte de um tempo que eu vivi, adoeci sem reconhecer que estava doente e em que muitos outros funcionários também adoeceram, estávamos doentes de Banco do Brasil. Penso que esta realidade perdura, talvez até mais agravada pelo Plano de Adequação de Quadro em curso.

     O artigo do Eliane Brum, "Doente de Brasil", catapultou minhas recordações.

   Neste tempo eu gerenciava a agência do Banco do Brasil de Igarassu e vivia sob uma intensa, também sub-reptícia pressão e medidas da superintendência que eu apenas intuía, sem ter a clareza dos fatos eu tateava na busca por compreender uma realidade que estava além de mim, na busca agoniada para me defender.

     Um dia, me sentindo péssimo, eu fui no médico da CASSI, na consulta eu falei ao médico que me assistia: O Banco do Brasil é uma empresa doente. Disse e repeti. Ele se calou, mas a sua expressão falou mais que qualquer comentário: O seu ceticismo doeu em mim.

     Sim, eu adoeci. Meu corpo se consumia pelo medo.  Minha mente rodava desesperada,  minha alma estava dilacerada, minha produtividade em queda e minha autoconfiança na lona.

     Só quando sai do circuito dos gerentes gerais é que me dei conta quanto eu estava bem doente. Fui procurar tratamento psicológico para sair do círculo nocivo impregnado em minha mente pelo o ambiente tóxico do trabalho. Levei anos até aprender novamente a neutralizar os efeitos de ações para as quais eu nada poderia fazer. Em grande parte fui bem sucedido na busca pela sanidade mental.

     Os anos passaram e eu havia esquecido do recado de um médico,  Dr. Paulo, de Terra Boa, Paraná. 1998 ou 1999. Ele fez o exame periódico de saúde na agência e me deixou por último.  Quando entrei na sala ele nem me examinou, de imediato disse que todo mundo na agência estava no limite e deu o seu recado.  Se um adoecesse seria como a queda de uma fileira de pedras de dominó e que eu deveria cuidar disso e mudar a forma de gerenciar, se não; ficaria só.

     Imagina ser o amortecedor de uma pressão que vinha desde o eterno. Sim, eu fiz.  A fala do Dr. Paulo me levou mudar a minha forma de agir, transformou em mim o modo costumeiro de gerenciar as pessoas na empresa, de aliar ao modelo de alto desempenho a ação mais humana e compassiva, de dialogar e construir juntos as soluções, de me interessar pelos problemas das pessoas. 

     Veio 2013, 2014 e parte de 2015.

     Eu era apenas um observador experiente e esse adoecimento ocorreu como previu Dr. Paulo. Agamenon Magalhães, em Recife,  de uma agência que esbanjava felicidade, passou a esbanjar adoecimento laboral.

     Gente com licença médica,  gente tomando medicamento controlado, sorriso de menos, agressividade de mais. A alegria deu adeus e não voltou mais, mas o bullying retornou arrasador.

     Estávamos Doentes de Banco do Brasil.

    Mas tal contexto não é uma exceção, apenas não nos damos conta, como indica o artigo Doente de Brasil, cujo link anexei.

     Tem mais, conheça sobre a Síndrome de Bournout e defenda-se antes que a queda na sua produtividade justifique as medidas que o ambiente de trabalho tóxico já tem em sua cartilha. 

Abraço.
Marconi.

Artigo de Eliane Brum, jornal El Pais.com/Brasil.

sexta-feira, 24 de maio de 2019

O vazio do Whatsapp

     Devo estar em mais de 10 grupos de Whatsapp.  Alguns imensos,  alguns familiares e alguns poucos pequenos.

     Há muitos meses que não olho as postagens com afinco, é só uma vista superficial.  As vezes algumas discussões interessantes começam,  mas em algum momento um ser destila alguma raiva e tudo entorna, torna-se uma conversa múltipla que poderia ser frutífera em um oco de sentidos.

     Mesmo assim fico olhando várias vezes por dia para tais grupos, como se ansiasse para uma assunto alvissareiro,  um sopro que irrigasse meu espírito de luz.

     Hoje eu estava sentado,  havia colocado o celular na outra cadeira.  Corrigia parte de um texto longo, de repente me lembrei do celular ali ao lado, quase ao mesmo me lembrei do Whatsapp e a sensação de vazio veio na mesma fração de segundos.

     Veio como um questionamento: O que ali vejo me acrescenta?

Abraço,
Marconi Urquiza

    
   

    

quinta-feira, 16 de maio de 2019

O Chile é agreste

Hoje vou comentar dois assuntos que me chamou a atenção nestes dez dias aqui no Chile.

O primeiro é  sobre a gestão hídrica.
    A paisagem no frio fica cinzenta, as plantas perdem as folhas e ficam apenas os galhos e o caule nus.

    Nesta época do ano o Chile se aproxima forte do inverno. Durante os nossos passeios por aqui mais que ver paisagens afetadas pelas temperaturas baixas,  me pareceu que todo o Chile, menos a Patagonia, que não vi, é um imenso sertão.  Em Santiago chove meros 200 mm, cerca de 12 dias de chuvas por ano.

     A captação de água por aqui vem, quase toda,  do desgelo.

     Enquanto a van corria as estradas eu fiquei olhando ao redor em busca de alguma floresta,  pequena que fosse.  Não vi nenhuma. Segundo um dos guias, todas as árvores que cresceram nas cidades são originárias de outros países.

     Aí veio o pensamento de querer saber como eles cuidam dos recursos hídricos. 

     Em um dos passeios fomos  visitar uma barragem a 2.400 metros de altitude, que capta as águas do desgelo da Cordilheira dos Andes.

     Salvo engano, chove menos aqui que a média de chuvas no Nordeste. Não só com Israel,  creio que o Chile possa oferecer lições aos gestores hídricos do Brasil.

O outro assunto é sobre uma reforma da previdência que tramita no congresso chileno.

    A discussão está renhida, o parlamento reclama que o canto do cisne é igual ao da era Pinochet, apesar de não citarem seu nome, e é esse sentimento que se expressa nas críticas ao projeto do presidente Piñera para mudar a previdência atual. Da mal afamada capitalização.

    Os fatos citados aí no Brasil,  como aqui, é  que vem há mais de 30 anos empurrando a renda dos aposentados para baixo  a ponto de provocar muitos suicídios entre eles por falta de recursos para uma sobrevivência mínima.

    A situação atual no Brasil exige Olhos e Mentes Abertas para não se deixar levar por uma discussão posta pelo raciocínio de quem quer direcionar os nossos pensares.

Abraço, 
Marconi Urquiza

O poder revela ou transforma uma pessoa?

  imagem: Orlando/UOL.            Um papo na última segunda-feira entre aposentados do Banco do Brasil que tiveram poder concedido pela empr...