Você prefere uma saudade matadora ou uma saudade à prestação?
Tivemos amizades intensas nas três cidades que moramos no Paraná, Barbosa Ferraz, Terra Boa e Araruna.
Abraço,
Marconi
Devo estar em mais de 10 grupos de Whatsapp. Alguns imensos, alguns familiares e alguns poucos pequenos.
Há muitos meses que não olho as postagens com afinco, é só uma vista superficial. As vezes algumas discussões interessantes começam, mas em algum momento um ser destila alguma raiva e tudo entorna, torna-se uma conversa múltipla que poderia ser frutífera em um oco de sentidos.
Mesmo assim fico olhando várias vezes por dia para tais grupos, como se ansiasse para uma assunto alvissareiro, um sopro que irrigasse meu espírito de luz.
Hoje eu estava sentado, havia colocado o celular na outra cadeira. Corrigia parte de um texto longo, de repente me lembrei do celular ali ao lado, quase ao mesmo me lembrei do Whatsapp e a sensação de vazio veio na mesma fração de segundos.
Veio como um questionamento: O que ali vejo me acrescenta?
Abraço,
Marconi Urquiza
Hoje vou comentar dois assuntos que me chamou a atenção nestes dez dias aqui no Chile.
O primeiro é sobre a gestão hídrica.
A paisagem no frio fica cinzenta, as plantas perdem as folhas e ficam apenas os galhos e o caule nus.
Nesta época do ano o Chile se aproxima forte do inverno. Durante os nossos passeios por aqui mais que ver paisagens afetadas pelas temperaturas baixas, me pareceu que todo o Chile, menos a Patagonia, que não vi, é um imenso sertão. Em Santiago chove meros 200 mm, cerca de 12 dias de chuvas por ano.
A captação de água por aqui vem, quase toda, do desgelo.
Enquanto a van corria as estradas eu fiquei olhando ao redor em busca de alguma floresta, pequena que fosse. Não vi nenhuma. Segundo um dos guias, todas as árvores que cresceram nas cidades são originárias de outros países.
Aí veio o pensamento de querer saber como eles cuidam dos recursos hídricos.
Em um dos passeios fomos visitar uma barragem a 2.400 metros de altitude, que capta as águas do desgelo da Cordilheira dos Andes.
Salvo engano, chove menos aqui que a média de chuvas no Nordeste. Não só com Israel, creio que o Chile possa oferecer lições aos gestores hídricos do Brasil.
O outro assunto é sobre uma reforma da previdência que tramita no congresso chileno.
A discussão está renhida, o parlamento reclama que o canto do cisne é igual ao da era Pinochet, apesar de não citarem seu nome, e é esse sentimento que se expressa nas críticas ao projeto do presidente Piñera para mudar a previdência atual. Da mal afamada capitalização.
Os fatos citados aí no Brasil, como aqui, é que vem há mais de 30 anos empurrando a renda dos aposentados para baixo a ponto de provocar muitos suicídios entre eles por falta de recursos para uma sobrevivência mínima.
A situação atual no Brasil exige Olhos e Mentes Abertas para não se deixar levar por uma discussão posta pelo raciocínio de quem quer direcionar os nossos pensares.
Abraço,
Marconi Urquiza
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